Presidente da Junta de Ponte reticente quando ao parecer da Delegação de Saúde

Depois do parecer da Delegação de Saúde de Guimarães, a reacção do Presidente da Junta de Freguesia de Ponte. Em entrevista ao Guimaraesdigital, Miguel Sousa coloca reticências ao resultado das análises feitas na vila, depois dos maus cheiros causados por uma empresa agro-pecuária. Um problema que a junta de freguesia tem denunciado às autoridades ambientais e de saúde pública. Como o Guimaraesdigital já noticiou, essas queixas sobre a alegada insalubridade já levaram o Ministério do Ambiente a pronunciar-se pela existência de poluição, enquanto que a Coordenadora da Unidade de Saúde Pública considerava que a empresa estava a cumprir a legislação aplicável, não sendo por isso poluidora. Sem colocar em questão a apreciação do Ministério do Ambiente, a Delegação de Saúde esclarece que os níveis detectados não oferecem perigo para a saúde pública.
Num ofício remetido à Junta de Freguesia, a responsável indica que a questão dos odores constitui apenas um incómodo para a população, esperando que o problema seja resolvido com a instalação na SOAVES de um sistema de tratamento de gases adequado... Aliás, a chefe de serviço afirma que se tal tivesse sido determinado em anteriores vistorias, certamente a empresa já teria instalado o referido equipamento. Relativamente ao funcionamento da unidade industrial, segundo a responsáveis, os resultados analíticos no ano 2001 apontam apenas para a emissão de partículas potencialmente causadores de odores, não havendo perigo para a saúde pública, mas só incómodo para a população.
Sem querer pôr em causa o parecer emitido pela Delegação de Saúde o
autarca de Ponte Miguel Sousa afirma que a coordenadora não respondeu às questões colocadas pela Junta de Freguesia. De resto, o autarca esclarece que nunca esteve em causa o licenciamento da
empresa, mas sim "a emissão de partículas proveniente da unidade fabril".

quinta, 10 janeiro 2002 05:18 em Ambiente

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