Primeiro Banco de Terras de Portugal nasceu em Guimarães

O primeiro banco de terras de Portugal nasceu em Guimarães, associado à Incubadora de Base Rural. O projecto foi apresentado esta manhã, numa sessão realizada no Laboratório da Paisagem, em Creixomil, em que foi formalizado o protocolo de constituição do Conselho Consultivo da Incubadora.

"Afirmar Guimarães como território de referência no bom uso do solo agrícola e florestal". Foi desta forma que o Presidente da Câmara justificou o lançamento deste projecto que tem como propósito "apoiar e capacitar promotores de ideias de negócio de base rural, prestando assessoria na criação de empresas rentáveis e consolidadas com elevado impacto no desenvolvimento socio-económico da região".

Numa intervenção que antecedeu a assinatura do protocolo de constituição do Conselho Consultivo, Domingos Bragança destacou as diferentes dimensões deste projecto: ambiental, social e tecnológico, já que a Incubadora destina-se "a todos os promotores de uma ideia ou plano de negócio de base rural".

"No Banco de Terras é a Câmara que disponibiliza os seus terrenos quer agrícolas, quer florestais para este projecto, os que tem hoje, e a própria Câmara poderá assumir a gestão de terrenos pertencentes a privados, e depois estabelecer um contrato de arrendamento com os diversos empreendedores de base rural", explicou o Autarca. 

Na apresentação do modelo de funcionamento da Incubadora de Base Rural, da Bolsa e do Banco de Terras de Guimarães, José Martino sublinhou que "com este projecto, pela primeira vez, o Município capitaliza todo o potencial agrícola e florestal do concelho e, simultaneamente, promove o crescimento económico, o desenvolvimento empresarial, a inclusão social, a sustentabilidade ambiental e o bom uso do solo" Abrange as áreas: produção agrícola, agroindustrial, incluindo a comercialização e embalamento de produtos, actividades de base tecnológica, como a robótica, e outros serviços, como por exemplo o alojamento local.

Destinada a  empreendedores, preferencialmente a jovens agricultores, residentes no concelho, desempregados e agricultores que se dediquem ao modo de produção biológico, a Incubadora de Base Rural dispõe de um Conselho Consultivo, presidido pelo Presidente da Câmara, contando na sua constituição com os Presidentes de Junta e Uniões de Freguesia do Concelho, e instituições como a Universidade do Minho, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Laboratório da Paisagem, Comunidade Intermunicipal do Ave, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Associação Sol do Ave, Adega Cooperativa de Guimarães, Associação Vimaranense para a Ecologia e Museu de Agricultura de Fermentões. 

Em representação da Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Fernando Costa elogiou o projecto do Município, considerando que é uma oportunidade para valorizar o potencial dos solos abandonados, dinamizando um sector vital da economia nacional.

sexta, 07 julho 2017 14:25 em Ambiente

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