Pegada Ecológica de Guimarães abaixo da média nacional



A Pegada Ecológica de Guimarães, referente ao ano de 2018, está abaixo da média nacional. O respectivo relatório destaca a sua estabilidade, continuando-se a situar abaixo da média nacional, conforme as conclusões apresentadas por Sara Moreno Pires, investigadora da Universidade de Aveiro e coordenadora do projecto «Pegada Ecológica e Biocapacidade dos Municípios Portugueses: a sua relevância para as políticas públicas portuguesas».

Os resultados indicam que, se todos os habitantes do planeta tivessem um consumo semelhante aos vimaranenses, necessitaríamos de 2,28 planetas para fazer face às nossas necessidades, o que significa que o dia 8 de Junho será simbolicamente, o dia de sobrecarga do Município. Ainda assim, a Pegada Ecológica (per capita) é 8% abaixo da média nacional, situando-se nos 3,78 gha (hectar médio).

De acordo com os dados revelados, em 2018, o maior contributo para a Pegada Ecológica total de Guimarães continua a ser o consumo de «Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas» e «Transportes». A categoria de consumo de «Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas» representa 27%, da Pegada Ecológica, seguido do consumo no sector dos «Transportes» (17%). Todas as outras categorias de “consumo das famílias” valem menos de 10% do valor total da Pegada Ecológica do Município, com um pico na habitação (8%) e nos restaurantes e hotéis (7%).

Já a biocapacidade funcional (per capita) de Guimarães em 2018 (recursos e serviços biofísicos úteis para os residentes que estão a ser produzidos dentro dos limites do Município), situou-se nos 0,23 gha, o que representa um valor 83% inferior à média nacional (1,37 gha) mas aproximadamente 58% inferior à média da biocapacidade funcional por pessoa no distrito de Braga (0,55 gha).

Citada num comunicado do Município, a vereadora do Ambiente da Câmara de Guimarães, Sofia Ferreira, manifestou a importância que o “cálculo da Pegada Ecológica tem para uma tomada de decisão mais responsável”, sendo “um instrumento de monitorização que fornece informação crucial acerca das categorias nas quais faz mais sentido o investimento”. Sofia Ferreira lançou ainda o repto para que “os jovens e as brigadas verdes continuem a ser parceiros privilegiados” nos projectos que intentam a diminuição da pegada ecológica.

Refira-se que, também individualmente, todos os vimaranenses poderão calcular a sua pegada ecológica através da calculadora da pegada ecológica que está disponível no portal do Município de Guimarães em https://www.cm-guimaraes.pt/p/calc_pegada_ecologica.


sexta, 04 dezembro 2020 09:55 em Ambiente

Marcações: sara moreno pires, Pegada Ecológica, Universidade de Aveiro

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