«rrrciclo»: Uma revolucão na forma de separar os orgânicos do lixo em Guimarães

A partir de dezembro de 2021 todos os habitantes, hotéis, restaurantes e cafés do centro histórico de Guimarães poderão começar a separar os orgânicos do lixo comum, em contentores oferecidos pelo município, no âmbito do projeto “rrrciclo” – Economia Circular em Guimarães. 

O Plano prevê a implementação de uma rede de recolha selectiva de biorresíduos e a implementação da compostagem doméstica ou comunitária, acções que serão alinhadas com a estratégia definida ou a definir pelos sistemas de gestão de resíduos urbanos.

O cronograma de acção já está em movimento, encontrando-se na primeira fase, que cobrirá um total de 51.233 habitantes, garantindo-se assim a possibilidade de abranger 34% da população. O dia 21 deste mês marca o início da campanha de sensibilização e a recolha arrancará no dia 27. Esta primeira fase irá abranger a população do centro histórico. 

No próximo ano está previsto alcançar 58% da população do concelho, sendo que em 2028 atingirá 100%. Já em 2024, a 2ª fase aumentará a cobertura para 58% da população, com as restantes duas fases a completarem a cobertura total da população (em 2026, 75% e em 2028, 100%). 

Na apresentação pública sobre o início da recolha de resíduos orgânicos em Guimarães, que decorreu hoje no Café Milenário, Dalila Sepúlveda, do município vimaranense, recordou que "separar lixo orgânico é poupar dinheiro", sugerindo o fim da tarifa do lixo na factura de água e saneamento. Dalila Sepúlveda referiu que mais de 500 famílias, ou seja, cerca de 20 mil habitantes, já solicitaram os compostores através de um formulário online. "A entrega dos compostores será feita de porta a porta e como uma explicação sobre quais os resíduos e como devem ser preparados. Se por acaso alguma família não estiver em casa, a Vitrus Ambiente e Laboratório da Paisagem deixam um papel informativo para reagendar a hora. Isto vai ser alargado a todas as freguesias do concelho e os quiosques vão ser pontos de entregas de contentores e de informação", explicou. 

Sérgio Castro Rocha, da Vitrus Ambiente, salientou o crescimento do número de brigadas verdes no concelho e o reconhecimento público do trabalho desenvolvido pela Câmara de Guimarães na área do ambiente. Quanto à necessidade de resposta da empresa municipal no alargamento do sistema PAYT (Pay as you throw – Paga o que produzes) a todo o concelho, Sérgio Castro Rocha adiantou que a frota automóvel da Vitrus será reforçada com três novas viaturas. "Vamos abraçar este projecto com força e garra", sublinhou.

Na sua intervenção, a vereadora do Ambiente frisou os benefícios na tarifa para quem aderir a este sistema. Sofia Ferreira adiantou ainda que o município vai levar a cabo uma "forte campanha de sensibilização" e que o projecto teve um custo total a rondar os 950 mil euros, dos quais 500 mil contaram com financiamento comunitário. 

Trata-se de um faseamento planeado com base num estudo do Centro de Valorização de Resíduos que incide sobre o potencial de produção de biorresíduos e pode ser consultado em rrreciclo.pt.

Marcações: payt, rrrciclo, Economia Circular em Guimarães

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