Rubrica Bons Pais, Bons Filhos: Natal em tempo de pandemia

 

Lembro-me de há uns (longos) meses, quando a pandemia surgiu, e todos tivemos de estar distantes da Família na Páscoa, ter pensado: “Como será o Natal se esta situação se
mantiver?”.

Nessa altura (que parece muito distante) alguém muito otimista me dizia: “Daqui até ao Natal ainda falta muito tempo, até lá tudo vai ficar bem”…
Quis acreditar realmente nisso, quis acreditar que a época mais bonita do ano não ia ser ameaçada por esta nuvem que surgiu nas nossas vidas… Contudo, os meses foram passando, e entretanto… é NATAL! E agora?
Natal é tempo de afeto, de carinho, de sorrisos, de abraços, de beijos…

Natal é AMOR, Natal é FAMÍLIA!
Este ano a vida coloca-nos à prova, e faz-nos enfrentar um Natal atípico (aliás, como grande parte do ano). Mas vamos deixar de celebrar o amor, numa época de afetos?
A vida mudou-nos os planos, mas não muda o que continua a dar sentido a tudo: o amor e a amizade!
Por isso, mesmo com o mundo fora do lugar, não vamos desistir de acreditar, de lutar, e de confiar na nossa capacidade de nos reinventar, e de dar um sentido a este novo “normal”.
Numa era em que a tecnologia faz parte do nosso dia-a-dia, dê-lhe um maior sentido, e use os meios de comunicação à distância para se sentir perto de quem ama.
Crie um momento de partilha durante a noite Natal: compartilhem a ceia, a abertura das prendas, e/ou criem um momento de conversa/jogo entre todos! Para tal, podem enviar
fotografias da ceia, vídeos com a abertura de prendas, ou fazer videochamadas entre todos!
Num tempo de amor e afecto, não deixe de acarinhar (ainda que à distância)!

Para aqueles que, mais perto ou mais longe, nunca se esquecem de si, encontre uma forma de os fazer sentir-se abraçados, acompanhados, e acolhidos. Por exemplo, faça um vídeo com os vossos melhores momentos e envie, escreva uma carta/postal ou faça uma pequena e simbólica lembrança e deixe na caixa do correio.
Natal é tempo de levar amor e esperança aos outros e a nós mesmos.
Natal é tempo de sonhar, porque ainda é possível acreditar que todos vamos ficar bem, depois de a nuvem passar.

Desejo-lhe um Feliz Natal, e lembre-se:
“Não importa a distância que nos separa, mas o amor que nos une!”

Cristiana Fernandes, Psicóloga do CAFAP do Centro Juvenil de S. José

 


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