Rubrica Bons Pais, Bons Filhos: Os meus filhos em duas casas!

Para os pais, uma das decisões mais difíceis a tomar depois do divórcio, é decidir com quem os filhos ficam a viver. Outra solução é os filhos ficarem a viver, alternadamente, com cada um dos pais, em regime de guarda partilhada. Isto só é possível, se os pais evitarem conflitos e mantiverem uma comunicação clara na presença dos filhos, permitindo-lhes ajustarem-se de forma saudável, a duas casas.
Viver em duas casas é uma forma de não cortar a relação dos filhos com as figuras de afecto mais importantes. Desta forma, os filhos podem manter os laços afectivos e viver com ambos os pais, permitindo uma maior distribuição de tempo com cada um deles. Assim, garante-se que não existe pais de semana e pais de fim-de-semana.

Deixo-lhe algumas dicas para que tudo isto funcione:
- Na semana em que não está com os seus filhos, mantenha contactos telefónicos para que possam continuar próximos;
- Os pais devem conversar e definir datas especiais em que os filhos possam estar com cada um deles;
- As regras e rotinas devem ser semelhantes em ambas as casas;
- Os pais devem ser flexíveis e comunicar, entre si, necessidades pontuais da vida diária;
- Sempre que possível, as roupas e brinquedos devem ser transportados o mínimo possível de uma casa para a outra.

Ressalvar que mais do que viver em duas casas, o importante é que os filhos continuem a ser cuidados e amados pelos pais, recebendo o suporte emocional e a estabilidade necessária, de maneira a crescerem de uma forma saudável e feliz. Os filhos têm o direito de viver e de serem educados por cada um dos pais, mesmo que isso implique viver em duas casas!

Elisabete Costa, Educadora Social do CAFAP do Centro Juvenil de S. José

 

segunda, 01 março 2021 12:29 em Bigger

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