Festival Literário de Guimarães move-se ao ritmo do som

A edição deste anos do Húmus - Festival Literário de Guimarães, que vai decorrer entre os próximos dias 7 e 14, volta-se este ano para o som das palavras, tema comum a todas as sessões que compõem a programação.

O evento, criado em 2017 para celebrar os 150 anos do nascimento de Raul Brandão, será focado na relação entre a literatura e a música, juntando escritores e músicos para debater a relação entre a palavra e o som.

Essa relação será também aprofundada num trabalho de desenvolvimento de escrita criativa com os alunos do ensino secundário, com mentoria de Maze, um conhecido rapper nacional.

Concurso literário, entrevistas de vida, oficinas de escrita criativa, projectos pedagógicos nas escolas, mesas de debate e espectáculos de música fazem parte de uma programação que inicia no aniversário da Biblioteca Municipal Raul Brandão, dia 7, com «Entrevista de Vida», onde Laborinho Lúcio é convidado especial, numa iniciativa marcada para as 18h00, na Biblioteca Municipal. Mais tarde, pelas 21h30, tem lugar o concerto «100 anos de Amália». 

O Festival literário prossegue no dia 12, data do 153º aniversário de Raul Brandão, com a peça de teatro «Angelina Brandão vem à cidade», pelo Grupo de Teatro de Nespereira, às 15h00. Pelas 19h00 há mesa de debate «Escrevo como canto», com os convidados Carlos Tê e Sérgio Godinho. Ainda na quinta-feira, às 21h30, 10 personalidades vimaranenses serão convidados a partilhar experiências e histórias cativantes através de um livro que marcou a sua vida, ou de algum momento da sua história que dava um bom livro.

Para o dia seguinte, 12, pelas 19h00, está marcado o debate «Amália na voz», com Kátia Guerreiro e Filipa Melo como convidadas, onde será recordada a vida e a carreira da diva do Fado.

No último dia, 14, o programa encerra com o debate «O lado negro da literatura», com o convidado Fernando Ribeiro, às 16h00, seguido do debate «São letras ou é poesia», com Pedro Abrunhosa e Pedro Marques Lopes como convidados, às 17h00.

A vereadora da Cultura, Adelina Pinto, referiu que o Festival Húmus também serve para levar as pessoas a ler livros, lembrando que "nunca se leu tanto como se lê hoje". "O Húmus tem vindo a colmatar a falta que existia na programação cultural vimaranense, concretamente de algo dedicado à literatura", disse.

segunda, 02 março 2020 16:14 em Cultura

Marcações: Festival Húmus

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