PJ aprofunda investigação ao alegado saco azul do Vitória

A Polícia Judiciária está a apertar as investigações aos negócios de futebol, nomeadamente no alegado caso do saco azul do Vitória. O Jornal de Notícias adianta, nesta quinta-feira, que investigadores da Direcção Central de Investigação da Criminalidade Económica e Financeira, da PJ, estiveram em escritórios de duas empresas de Matosinhos para apreenderem documentação relativa a transferências de
jogadores. Em causa estiveram as empresas Investimentos Desportivos Lda. e a Promosport, de dois empresários de futebol. Nos últimos dias, a sequência das investigações pode ainda ter constituído como arguido o empresário Manuel Barbosa. Em causa estarão cheques sem cobertura e letras por pagar, no valor de 750 mil euros.
Nos escritórios da Promosport, de António Teixeira, os investigadores apreenderam dezenas de documentos sobre as transferências dos jogadores Marco, Bessa, Paulo César e Fangueiro, que se encontram actualmente a jogar no Vitória. Foram ainda apreendidos canhotos de cheques de uma conta bancária da Promosport.
A Procuradoria-Geral da República adianta que as duas empresas terão tido "um papel relevante na actividade empresarial mantida pelo suspeito António Pimenta Machado, utilizando ilegitimamente o Vitória para a concretização de Negócios".
A Investimentos Desportivos Lda, do empresário brasileiro Adelson Duarte, detém os passes de outros dois jogadores do Guimarães, Ferreira e Djurdjevic. O JN adianta ainda que estes documentos podem ainda estar ligados a outra investigação a um clube da II Liga de Futebol.
Estas investigações estão relacionadas com a investigação que envolve o presidente do Vitória, Pimenta Machado. Em causa podem estar verbas pagas a dirigentes de clubes. Esta prática pode ser corrente no meio futebolístico e pode configurar os crimes de corrupção e peculato.

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