Júlio Mendes apresentou recandidatura com casa cheia: «Podemos ambicionar a ser o melhor clube português»

O pequeno auditório do Centro Cultural Vila Flor lotou, esta quarta-feira à noite, para conhecer os projectos de Júlio Mendes para o próximo triénio. «Vitória com orgulho», foi o lema escolhido pelo presidente vitoriano.

Ladeado pelos dirigentes que vão ser reeleitos no acto eleitoral de sábado, Júlio Mendes apelou aos associados para irem às urnas. «Não quero ser reeleito por resignação ou falta de alternativa, mas por um projecto em que os vitorianos acreditam», disse. Primeiro, Júlio Mendes assistiu a um vídeo que ilustrou o trabalho que realizou nos primeiros três anos e ouviu testemunhos, presenciais e em vídeo, a elogiar o seu desempenho no primeiro mandato. Entre várias figuras que discursaram, destaque para o antigo capitão do clube, Alex, e para o ex-presidente da Câmara, António Magalhães.

Júlio Mendes começou por destacar o trabalho que realizou no primeiro mandato: «Este grupo é coeso, acompanhou-me, ajudou-me. Não teria feito nada sem estes 10 amigos a acompanhar-me ao longo destes três anos difíceis, de muito sofrimento, mas de muita alegria. Três anos de um percurso sinuoso, mas que muito gosto nos deu».

«O faço de ser candidato único não é uma posição confortável. Ser candidato único, quer queiramos, quer não, reflecte o consenso a seguir no imediato. Não unanimidade, mas vasta consciência que é um momento particular na vida do clube», acrescentou. Para o segundo mandato, Júlio Mendes apontou como meta «avançar por caminho renovado, que nos permita honrar o Vitória. Não contem com um segundo mandato como prolongamento do primeiro. O Vitória ganhou no primeiro mandato, este será outro jogo. Quero ver trabalho frutificar, para o Vitória dar pontapé de saída para novo paradigma no futebol português. A questão financeira não é obsessão, mas obrigação. A sustentabilidade financeira depende do sucesso desportivo. Temos de continuar a ser austeros, mas temos de investir bem para continuar a ganhar mais vezes. Para mim, o projecto desportivo está e sempre esteve no primeiro lugar. Nos tempos que correm, os clubes têm de saber comprar e vender pelo preço certo. Este terá de ser o nosso desafio. Os atletas são os nossos diamantes enquanto não encontrarmos um poço de petróleo nos campos do complexo».

Um dos projectos que o Vitória «deve abraçar é a criação de uma renovada academia, para zelar pela formação dos jovens jogadores». Outro desafio enumerado por Júlio Mendes passar por aumentar o número de sócios: «Nenhum clube é verdadeiramente grande se não tiver sócios. Precisamos de aumentar o número de sócios e de assistências. Os resultados desportivos são essenciais». E, a finalizar, deixou uma mensagem forte: «Dificilmente podemos aspirar a ser o maior clube português, mas podemos ambicionar a ser o melhor. Por isso, desejo promover alterações que levem à profissionalização».

Na fase de conversa com os associados, que durou cerca de 20 minutos, Júlio Mendes focou dois temas. O primeiro, a ambição que um cube como o Vitória deve ter: «Ambição temos todos muita, como vitorianos. Julgo que ouviu a minha entrevista. O nosso sonho é chegar ao céu, mas temos consciência para perceber que algumas fasquias são mais difíceis de atingir. Ninguém tem falta de ambição». Depois, falou sobre a venda de activos: «Deste lado estão vitorianos, se puderem vender por 20, vendem por 20. Se tiveram que vender por 10, é porque não dava por mais e um valor mais alto estava em causa, como garantir a continuidade do clube. Temos um plano de pagamento de muitos milhões, que temos de cumprir. Fizemos muitos bons negócios. Validei-os todos. Tive o cuidado de aferir se os valores que estava em cima da mesa eram favoráveis aos nossos interesses. Não conseguir obter mais de qualquer outro clube.»

quarta, 04 março 2015 23:12 em Desporto

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