Candidatura de Júlio Mendes: «O candidato da Lista A foi a décima escolha da lista formada pelo Alfredo Magalhães»


A candidatura de Júlio Mendes à presidência do Vitória afirmou que Júlio Vieira de Castro foi a décima escolha do movimento de oposição à Direcção em funções.

Na sessão de campanha promovida pelos grupos organizados, a Lista B passou ao ataque. Depois de Júlio Mendes ter apontado várias incongruências ao discurso de Júlio Vieira de Castro, Armando Marques inflamou o discurso. O candidato a vice-presidente levantou uma questão e apontou o dedo a Júlio Vieira de Castro: “Acho muito estranho que o sócio Alfredo Magalhães ande a visitar empresas, a apresentar o candidato a presidente e ainda não deu a cara na lista de apoio porquê? Até tem lá o filho… ainda ninguém questiona. Porque razão o sócio Alfredo Magalhães ainda não deu a cara? O candidato da Lista A foi a décima escolha da lista formada pelo Alfredo Magalhães”.

Armando Marques questionou a escolha da Lista A para o cargo de Director Geral, o antigo avançado tunisino Ziad: “Não lhe reconheço a capacidade que possa ter para descobrir a roda. Fui ver o currículo do Ziad como director geral e diretor desportivo. Apanhei duas épocas em que esteve em atividade no Esperance de Tunis, da Tunisia, um país que não é uma potencia. Nos últimos 10 anos, o Esperance só ganhou sete vezes o campeonato! Nas últimas duas vezes que não ganhou o director desportivo era o Ziad. O clube triplicou o investimento na equipa. Quando não investia, o Esperance era campeão, quando investiu foi segundo e terceiro. Na época 2014/15, a principal decisão dele foi dispensar um jogador para o Marítimo, que depois marcou muitos golos no Vitória. Dizia que não via qualidade para ver o Marega num grande clube. Até hoje ainda não percebi porque o Ziad é o salvador. Foi despedido do Esperance de Tunis, porque quando entrou prometeu grande investimentos e os investimentos não apareceram, mas sim as contas para pagar. Não reconheço capacidade ao Ziad para acrescentar o que quer que seja ao Vitória”.

Júlio Mendes visou, uma vez mais, Júlio Vieira de Castro, apontando-lhe mais uma crítica: “Estão a querer fazer valer a ideia de que um candidato é um grande interventor nas AG do Vitória. Em seis anos, o candidato da Lista A só fez uma intervenção, em Junho de 2012. Na altura era preciso aprovar as contas para avançar com o PEC e inscrever a equipa. O sócio referido tomou a palavra para dizer que na direção havia pessoas que conviveram com a direção anterior sem reação perante a gestão danosa, disse que não se devia aprovar as contas de 2010/2001. Este senhor não queria que o Vitória sobrevivesse”.

Numa sessão longa, que ultrapassou as três horas, o candidato da Lista B emocionou-se ao falar sobre a época em curso: “O que nos caracteriza hoje é uma tristeza muito grande porque de facto esta época está a correr mal. Pensamos que tínhamos todas as condições reunidas para uma época de sucesso. Nós estamos todos muito tristes, além de estar triste sinto o peso da responsabilidade. (Fez pausa, emocionado, e soltou lágrimas). Em dois anos chorei duas vezes no Vitória. Quando ganhamos uma Taça de Portugal e quando perdemos uma Taça de Portugal”.

Marcações: Vitória, eleições, Júlio Mendes

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