Pevidém responde à Associação de Árbitros de Futebol de Braga: "Quem praticou actos injuriosos, difamatórios e agressivos foi o juiz da partida"



A Direcção do Pevidém respondeu, esta quinta-feira à tarde, ao comunicado da Associação de Árbitros de Futebol de Braga, em que é feita a defesa do árbitro Marco Teixeira.

Em nove pontos, o elenco dirigido por Rui Machado começa por afirmar que: “estranhamos a pertinência e a celeridade com que esse comunicado foi divulgado”, argumentando que “não é muito usual a AAFB tomar posição com tanta veemência, apesar de todos os fins de semana confrontarmo-nos com queixas e comentários, orais e escritos, nos diversos orgãos de comunicação social e em várias plataformas de comunicação digital, pouco abonatórios para os seus associados. Se é pelo facto de Marco Teixeira pertencer aos orgãos sociais da referida associação, esta não está a prestar um bom serviço aos seus associados.”

Sublinha o Pevidém que “a AAFB não tem voto nos nossos objectivos ou anseios, nem nas nossas "falhas próprias" pelo que repudiamos a interpretação que dos factos fez”, ao mesmo tempo que garante “compreender (e valorizar) a solidariedade institucional. O que não aceitamos são posições autistas e corporativismo terceiro-mundista.”
Pode ler-se ainda no comunicado que “registamos com agrado o apelo da AAFB ao Conselho de Arbitragem e ao Conselho de Disciplina, no sentido de tomarem as devidas diligências sobre o caso. Aliás, fomos os primeiros a fazê-lo.”

No comunicado, o Pevidém diz ainda que “repudiamos veementemente a "colagem" deste caso à generalização da classe. Nem a entendemos. O Pevidém SC já teve outras derrotas em campo esta época e ninguém ouviu ou leu referências à arbitragem. O nosso regulamento interno prevê sanções a quem desrespeitar por gestos ou palavras os juízes da partida, dentro e fora das instalações do clube, seja qual fôr a circunstância. Tentamos receber o melhor possível dentro das condições que o clube possui. E os associados da AAFB sabem disso; O que não podemos aceitar é que esse tratamento não seja recíproco. Quem praticou actos injuriosos, difamatórios e agressivos foi o juiz da partida. E é disso que se trata. E aí, seremos intransigentes na defesa dos nossos atletas, treinadores, directores, associados e dirigentes. Tal como a AAFB diz ser, e bem, para com os seus associados.”

O clube vimaranense destaca também que “não temos qualquer intenção persecutória para com o árbitro Marco Teixeira. Antes pelo contrário. A nossa postura é profilática e construtiva. É nossa convicção que o árbitro teve um comportamento anormal, o que nos merece preocupação e requer análise por parte das instâncias responsáveis no sentido de ajudar e aferir da capacidade emocional do juiz Marco Teixeira para a prática da arbitragem. O cidadão Marco Teixeira é maior e capaz, pelo que terá de responder pelos seus actos. Como todos nós; Nunca quisemos ultrapassar as competências profissionais do referido árbitro. Não temos qualquer interesse na sua vida pessoal e privada. Recorremos a um estilo de escrita para vincar a diferença de tratamento que Marco Teixeira teve para com os intervenientes no prélio e no final do mesmo. Sentimos, hoje, que talvez tenha sido exagerado e o presidente da direcção, autor e único responsável pelas palavras usadas, penitencia-se desde já, e apresenta aqui desculpas públicas na esperança de poder um dia fazê-lo pessoalmente. E cá estará para responder pelos seus actos.”

A terminar, o Pevidém ressalva que “criar um futebol atrativo, leal e justo não é apenas um dever dos árbitros. É uma obrigação de todos.”


Marcações: Associação de Futebol de Braga, Pevidém Sport Clube, Berço SC

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