Luís Castro: "Para chegar ao nosso objectivo desenhei um caminho com mais vitórias"



Luís Castro acredita que o Vitória pode regressar aos bons resultados fora de portas na deslocação a Vila do Conde, onde no domingo defronta a formação do Rio Ave, que não vence em casa há mais de quatro meses. Esta sexta-feira, na antevisão do jogo, o treinador destacou a vontade dos jogadores em deixar outra imagem longe do Estádio D. Afonso Henriques.

O que o Vitória pode transportar do jogo com o Chaves para vencer o Rio Ave: “Felizmente temos conseguido bons números em casa e isso dá-nos sempre esperança para o próximo jogo, mas o certo é que temos falhado muito vezes na abordagem aos jogos fora. Vamos ter uma ambição grande de somar os três pontos, na esperança muito mais de rectificar tudo o que fizemos de mal nos últimos jogos fora do que pensar no que podemos transportar do último jogo. Temos de rectificar tudo o que fizemos ultima mente fora, com três derrotas e um empate nos últimos quatro jogos. Tivemos muita ineficácia, com apenas um golo, na abordagem ao último terço. Temos sofrido muito com isso, vamos tentar invetter esse ciclo diante de um adversário difícil.”

Vitória com Chaves pode dar mais tranquilidade à equipa?: “Sim, é motivante. Mas, confesso que não estamos num período de qualquer alívio, pelo contrário. Toda a nossa atenção é fundamental para conquistar bons resultados, o campeonato está muito apertado, lutamos todos os dias para ficarmos melhor enquanto equipa e conquistar o 5.º lugar, andamos muito envolvidos nessa luta. Falo do 5.º lugar porque é o lugar que está imediatamente acima, se estivéssemos no 5.º olhávamos para o 4.º. O bom resultado com o Chaves não nos alivia o mínimo da tensão para aquilo que deve ser a nossa obrigação perante o próximo jogo.”

O Rio Ave não vence em casa há quatro meses, em que é que isso influencia a preparação do jogo?: “Sabemos que há vários caminhos que podemos percorrer para atingir um objectivo. Muitas vezes os caminhos que percorremos não são os que temos desenhados para o atingir. Gostaríamos de ter muitos mais pontos, o caminho que traçamos para chegar a um objectivo desenhei-o de forma diferente, com mais vitórias, com um jogo mais consistente de uma forma mais consecutiva. O certo é que não o temos conseguido, mas não podemos deixar de procurar o objectivo. Não vou influenciar o meu objectivo para o jogo porque aconteceu isto ou aquilo no passado. Não ganhamos há quatro jogos fora, vamos fazer desta uma oportunidade para virar a situação, certamente o Rio Ave está a pensar na mesma. O que temos feito de mal que não nos condicione para o próximo jogo.”

Depois da última derrota fora, o presidente foi ao balneário. A equipa está mais alerta?: “Muitas vezes não fazemos bem por errarmos, não por desleixo. Bastam dois ou três maus posicionamentos dentro da equipa para depois parecer que está tudo mal. Num jogo ligado como queremos para a nossa equipa, bastam alguns maus posicionamentos para parecer que está tudo mal. As coisas foram muito más, quando assim é queremos inverter a situação. Os responsáveis máximos do clube, os líderes, estão sempre atentos a tudo o que se passa. Quando não gostam das coisas são eles os primeiros a dizer que não gostam. Embora recebamos sempre, como é nosso dever respeitar a hierarquia, temos consciência do que está mal, não precisamos que alguém nos diga que está mal. Temos consciência que estamos em dívida em alguns jogos para com as boas exibições e resultados. Quem tem de assumir tudo isso sou eu e assumo por completo o que acontece com a equipa.”

Fez 7.º lugar no Rio Ave, 6.º no Chaves. Este ano o 5.º lugar é seu?: “Sabem que tenho pensado nisso. Fizemos bem no Rio Ave, num momento difícil e lutamos até à última jornada pelo apuramento para a Liga Europa, foi uma boa marca. O que aconteceu em Chaves foi bom, porque chegamos para um 8.º lugar e lutarmos pela Liga Europa até ao fim. Esperamos conseguir o 5.º lugar, já que o 4.º vai um pouco longe.”

O que acha da paragem de Inverno que está a ser discutida para a 1.ª Liga?: “O futebol tem de ser discutido no seu todo, não se podem tomar medidas reactivas. As medidas têm de entroncar em pilares muito fortes. O trabalho no futebol é intenso, forte, muito desgastante mentalmente. Se justifica paragem, ou não, nessa altura não tenho ainda uma ideia formada. Preciso de analisar profundamente as razões para essa sugestão para emitir uma opinião válida, para não ser mais uma opinião avulsa no meio de tantas.”


sexta, 12 abril 2019 13:06 em Desporto

Marcações: Vitória Sport Clube, Luís Castro

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