Liga aponta as normas para o regresso das competições



A Liga Portuguesa de Futebol quer que os clubes garantam a higienização nos estádios após a retoma das competições e que a Federação Portuguesa de Futebol se responsabilize pelos testes à covid-19 nas equipas de arbitragem.

Segundo um esboço para a retoma progressiva à competição elaborado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), o regresso da I e II Liga estará sempre “dependente das indicações das entidades oficiais”, mas prevê um conjunto de regras que os clubes devem cumprir, como a higienização de “todos os espaços” e a disponibilização de desinfetante nos balneários.

Sobre as medidas para as equipas de arbitragem, a Liga prevê que seja a FPF a “indicar a entidade responsável por atestar que os mesmos estão com teste realizado e negativo”. As equipas de arbitragem devem verificar o relvado com o delegado da Liga, mantendo a distância social obrigatória e devem promover o alinhamento das equipas antes do jogo “sem o habitual cumprimento”, pode ler-se. Já o observador ao árbitro deverá reunir com a equipa de arbitragem, se necessário através de videoconferência, e o acesso à zona técnica apenas poderá acontecer se a “FPF garantir que os observadores estão testados negativos”.

O esboço para a retoma das competições prevê que a reunião habitual de organização de jogo não se realize, cabendo ao delegado da Liga “falar individualmente com todos os participantes na habitual reunião”. Os delegados da Liga devem chegar ao estádio três horas antes da partida, “munidos de máscara” e mantendo a distância social, tendo a responsabilidade da “verificação da conformidade dos espaços”, garantir que “o acesso à zona técnica é efetuado apenas pelas pessoas indispensáveis à organização de jogo” ou que “as bolas de jogo estão higienizadas”. Quanto à segurança ao jogo, o documento prevê que os efetivos da segurança pública e da segurança privada a circularem na zona técnica seja “em número reduzido”, mantendo o distanciamento social e uso obrigatório de máscara/viseira.

Durante os jogos, as tribunas presidenciais deverão ter um número máximo de cinco elementos, “com distanciamento social e uso de equipamento de proteção, nomeadamente máscaras, luvas e desinfetantes”. Também os apanha-bolas devem estar munidos de máscara e manter uma distância mínima entre si, devendo desinfetar as mãos antes, ao intervalo e no final do jogo. As bolas que saem do estádio apenas podem ser utilizadas depois de desinfetadas.

Quanto às regras para a comunicação social, o esboço da Liga prevê o máximo de 20 fotojornalistas no relvado, cinco em cada canto do terreno de jogo. Já as tribunas de imprensa serão reduzidas para um terço da lotação atual, devendo “todos os trajetos de elementos dos Órgãos de Comunicação Social (OCS) ser independentes do percurso dos agentes desportivos e nunca passar pela zona técnica”. A Liga prevê ainda que se mantenham as ‘superflash’ e ‘flash interview’, mas não as zonas mistas. As conferências de imprensa no final do desafio podem realizar-se desde que garantidas as condições de higienização e segurança para o agente desportivo, sendo permitida a realização destas através de meios digitais.

O documento, que carece de aprovação, prevê regras a adotar nos estágios, que devem ter “a menor duração possível, aconselhando as equipas a viajarem no próprio dia do encontro. As Sociedades Desportivas devem ainda “indicar à Liga os hotéis habituais para se pedir um certificado de desinfeção de acordo com normas da Direção-Geral da Saúde (DGS)”. Para as viagens de autocarro, cada sociedade deve “solicitar ao fornecedor um certificado de desinfeção de acordo com normas da DGS”. “Todas as deslocações devem ser efetuadas dentro das regras de segurança, nomeadamente, com uso de máscara, gel e manutenção da distância de segurança”, pode ler-se, referindo-se também a possíveis viagens de avião.


Marcações: Vitória Sport Clube, Moreirense Futebol Clube, Liga Portugal

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