Frederico Venâncio: "Jogadores muito felizes porque os treinos voltaram à normalidade"



Frederico Venâncio esteve à conversa com os jornalistas, esta quinta-feira, mostrando o agrado com o regresso aos treinos, sem limitações, do plantel do Vitória. O defesa-central abordou ainda o jogo com o Sporting e as metas que o Vitória quer cumprir até ao final da época.

Como decorreu o regresso aos treinos colectivos, esta quinta-feira?: “Obviamente que nos deixou a todos muito felizes, porque os treinos voltaram à normalidade. Esta é a normalidade a que estamos habituados, a treinar todos juntos para o mesmo objectivo. Ficamos satisfeitos, acho que todos ficaram”.

Sentiu algum receio da parte dos jogadores?: “Receio não houve, porque o clube tomou todas as medidas de segurança para combater este vírus. Quando estamos dentro do campo até nos esquecemos do que se passa à volta, aproveitamos aquele momento para trabalhar, para estar juntos, às vezes até nos esquecemos desta situação. Temos a intenção de voltar à normalidades, mas evitamos aqueles cumprimentos de mão, alguns contactos. Nervosismo não houve, agora temos é de mudar a mente e manter as medidas que devemos ter para segurança de nós todos. Acaba por passar um bocado ao lado”.

No fim-de-semana passado regressou o futebol, concretamente na Alemanha. Tinham saudades de ver futebol?: “Ficamos muito satisfeitos por finalmente ver jogos em directo, ainda que a partir de casa. A vontade das pessoas é de estarem nos estádios, mas ficam na mesma satisfeitas por começar a ver jogos”.

Na Alemanha, vários jogadores lesionaram-se neste jornada. Essa questão preocupa os jogadores?: “É um facto que nos preocupa. A paragem foi muito longa, ainda que não tenha sido uma paragem total, porque trabalhamos de forma individual em casa. Com o retomar dos jogos há uma preocupação das equipas e dos jogadores em estarem nas melhores condições. Nos jogos que faltam não me quero lesionar e como tal tenho de me preparar para estar nas máximas condições. Temos de dar estímulos diferentes aos músculos, sobretudo das pernas, para estarmos preparados para o primeiro jogo. Os casos de lesões na Alemanha criaram alguma apreensão, mas temos de trabalhar para que o risco seja menor. Não conseguimos que o risco de lesão fique nos 0 por cento, mas temos de nos preparar, com a equipa técnica e departamento médico, para que o risco seja o menor possível”.

Duas semanas serão suficientes para a equipa ganhar rotinas?: “Acho que sim. As ideias da equipa são as mesmas. Agora, depois da paragem, queremos voltar à rotina de equipa. Como as ideias são as mesmas os jogadores não esqueceram o que tinham vindo a fazer. Vamos aproveitar estas duas semanas para fazer esse trabalho, para recuperar essas movimentações, para quando chegar o primeiro jogo seja o mais natural”.

Será uma vantagem poder utilizar o D. Afonso Henriques?: “É importante jogar no nosso estádio, poderá parecer estranho não ter aquele ambiente no nosso estádio, mas estar no nosso estádio será um ponto a favor”.

Preocupa-os o regresso dos jogos, os contactos com os adversários?: “Quando formos para jogo, essa questão do contacto vai ser esquecida. O futebol é um jogo de contacto. E se vamos estar preocupamos em não tocar num colega, mais vale parar. Se for para voltar a ter futebol é para ter contacto, quando formos para dentro do campo não podemos pensar em não ter contacto. Na Alemanha vimos que os golos não se festejaram da mesma forma. É um bocado estranho, não vou dizer ridículo. Durante o jogo há contacto, mas depois nos festejos não se pode fazer! Temos sempre aquele vício de dar um abraço ou um toque nas costas. É um bocado estranho! Vamos ter de ver o que a DGS vai decidir sobre essas restrições, os jogadores vão ter de fazer o seu papel, dar o seu melhor”.

O jogo com o Sporting: “É sempre jogar contra um grande, vai ser sempre um jogo muito difícil. Esta paragem foi benéfica para eles. Nós conseguimos recuperar jogadores que estavam lesionados, que finalmente se puderam juntar a nós. Para eles pode ter sido melhor para adquirirem as ideias do novo treinador. Se o campeonato tivesse sido disputado sem paragem, eles só teriam uma semana com o novo treinador antes de jogar connosco. Vai ser um jogo difícil, como sempre foi. Estes últimos 10 serão sempre muito complicados, quem estiver melhor vai ganhar”.

Vitória ainda não conseguiu resultados positivos contra os grandes esta época: “Puxando a cassete atrás, o que nos tem falhado são os detalhes. Tivemos jogos contra essas equipas em que criamos muito ofensivamente, mas quando chegou a altura do golo não foi suficiente esse trabalho. Por outro lado, qualquer erro deu golo contra nós. A diferença tem sido nos detalhes. Quanto mais elevado for o nível, mais importante será o detalhe. Criamos muitas oportunidades, mas não temos sido felizes na finalização. Ainda temos três jogos desse calibre para mudar os resultados”.

A equipa vai conseguir acabar forte, como na época passada?: “Acho que sim. O foco está no objectivo do apuramento para a Liga Europa. O factor jogadores lesionados poderá condicionar muito a reta final, a preparação física vai ser muito importante. Acho que a equipa vai dar uma resposta muito forte, começando já no próximo jogo”.


Marcações: Vitória Sport Clube, Frederico Venâncio

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