Vitória recebe Sporting esta quinta-feira num regresso com as portas do D. Afonso Henriques fechadas



Finalmente de regresso. Esta quinta-feira as emoções da I Liga regressam ao Estádio D. Afonso Henriques. O Vitória, que à data da suspensão era sexto, com 37 pontos, a um do Rio Ave e a cinco do Sporting, vai precisamente defrontar os leões de Alvalade naquele que será o jogo de maior cartaz após a retoma. É esta quinta-feira, no Estádio D. Afonso Henriques, a partir das 21h15. À porta fechada! Uma das decisões mais duras para que a competição possa ser disputada minimizando o risco de contágio do vírus. Os estádios vão apresentar um cenário desolador e os jogadores tentam, desde já, perceber como é que poderão adaptar-se a esta inusual realidade. Já os adeptos só têm mesmo a hipótese de acompanhar os jogos através das transmissões televisivas e/ou radiofónicas. Os ajuntamentos nas imediações dos estádios serão proibidos e os espaços controlados pelas forças de segurança.

O Vitória recebe o Sporting num contexto diferente daquele em que ambas as equipas se encontravam aquando da suspensão da Liga. A distância pontual (cinco pontos) mantém-se, como é óbvio, mas na altura os leões de Alvalade acabavam de estrear um novo treinador, Rúben Amorim. É verdade que até venceram (2-0 um Aves reduzido a nove desde os 19 minutos), mas a deslocação a Guimarães, na jornada seguinte, aconteceria ainda num quadro de pouca ambientação às ideias do novo treinador. De lá para cá, Rúben Amorim pôde passar mais algumas mensagens, ainda que não as pudesse colocar em prática, nomeadamente com a realização de jogos-treino.

Já o Vitória acumulava em Paços de Ferreira a terceira vitória consecutiva e mostrava atravessar um bom momento, capaz de catapultar a equipa de Ivo Vieira para as posições de apuramento uefeiro. A interrupção, desse ponto de vista, foi um murro emocional na equipa. Jogar sem o seu vibrante público nas bancadas do D. Afonso Henriques, que tantas vezes serve de catalisador, é mais uma teórica desvantagem. Há, pois, muitas incógnitas em torno de como as equipas se vão apresentar neste regresso da competição. E uma das maiores prende-se com o estado físico dos jogadores. As últimas semanas serviram para acelerar um pouco o processo, mas teme-se pela integridade dos jogadores. A primeira jornada após o regresso da Bundesliga (Alemanha) foi um despertador para essa evidência, com a ocorrência de várias lesões. De resto, este Vitória-Sporting já fica, antecipadamente, marcado por algumas ausências forçadas.

Ivo Vieira preparou a sua equipa sabendo que não poderá contar com duas peças fundamentais. Dois jogadores que, teoricamente, seriam titulares indiscutíveis até ao final da temporada. O lateral-direito Sacko viu o quinto amarelo já em tempo de descontos em Paços de Ferreira e, por isso, terá de cumprir um jogo de suspensão. O seu lugar deve ser ocupado pelo venezuelano Victor Garcia, o outro lateral-direito de raíz do plantel, que curiosamente também foi chamado ao onze num anterior jogo de grau de dificuldade mais elevado, frente ao Benfica, porque na altura Sacko estava lesionado.
No eixo defensivo a baixa será a do experiente Pedro Henrique. O brasileiro sofreu uma lesão muscular num treino e, apesar do Vitória não ter noticiado a sua indisponibilidade, tudo aponta para que não possa mesmo defrontar o Sporting na noite de quinta-feira. Para actuar ao lado de Frederico Venâncio, Ivo Vieira deve escolher o ucraniano Valerii Bondarenko. O jogador cedido pelo Shahktar Donetsk não joga pela equipa principal desde a deslocação a Tondela, onde até foi titular. Depois disso teve uma aparição na equipa B e em Janeiro até se equacionou a sua saída, entretanto travada pela transferência de Tapsoba para o Bayer Leverkusen. O jovem inglês Suliman é a outra opção, mas a sua (maior) falta de competitividade e de entrosamento com a equipa, em comparação com Bondarenko, deverá relegá-lo para o banco.


Marcações: Vitória Sport Clube, Estádio D. Afonso Henriques, Sporting CP, I Liga

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