Iago Santos: "Sei que ficaram as portas abertas para o meu regresso ao Moreirense"



Com que sentimento deixou o Moreirense depois de três temporadas ao serviço do clube?: Foi uma passagem que posso dividir em duas etapas. A primeira temporada foi mais para aprender, depois consegui evoluir e chegar a um patamar mais elevado. Acho que atingi um bom nível, que me permitiu ser cobiçado por vários clube e assinar um bom contrato. O Moreirense ajudou-me muito, fez-me sentir em casa, o que acabou por ser importante para o meu crescimento.

O que acabou por revelar-se decisivo para a afirmação que começou a consubstanciar-se na segunda metade da segunda época em Moreira de Cónegos?: Com o tempo que passei no clube fui ganhando mais confiança. Aprendi muitas coisas com o Ivo Vieira, numa temporada fundamental, e depois chegaram o Vítor Campelos e o Ricardo Soares, que me ajudaram a evoluir e a afirmar-me na equipa.

Considera que esta última temporada, com exibições de bom nível, foi determinante para assumir o acordo com o Al Taawon?: Com certeza. O Moreirense é um clube que ajuda a formar jogadores, muito disciplinado, com regras que nos ajudam a crescer como atletas e a amadurecer como homens. Foi uma etapa decisiva na minha carreira, que me permite agora chegar a um clube que me pode oferecer outro tipo de condições, concretamente do ponto de vista financeiro.

O que acabou por inviabilizar a sua continuidade no Moreirense, numa altura em que se sabia que a SAD procurava convencê-lo a renovar contrato?: A minha preferência passou sempre por continuar a Portugal e nunca fechei as portas à permanência no Moreirense. Mas, surgiu a possibilidade de melhor a minha situação financeira. Foi uma questão que acabou por ser determinante para esta escolha, porque trata-se de valores elevados. Nesta fase da carreira, quando já estou a caminho dos 29 anos, é uma questão que começa a ganhar mais importância. A carreira de jogador é curta e temos de pensar em assegurar condições para o futuro da nossa família. Quando surge uma oportunidade destas não podemos virar costas, porque há muitas situações em causa, a estabilidade familiar também é importante, não apenas a questão desportiva.

Na altura em que se desenrolaram as negociações, a aproximação tornou-se inviável?: O que eu sei é que o clube fez de tudo para eu continuar mais uma época. Mas, quando surge uma proposta da Arábia Saudita a concorrência deixa quase se existir porque os valores são muito maiores daqueles que são praticados em Portugal.

Depois de cumprir o contrato com o Al Taawon, espera ter a oportunidade de voltar a jogar em Portugal, onde já actuou cinco temporadas?: É, claramente, esse o meu objectivo. O meu futuro passa por trabalhar para que surjam novas oportunidades em Portugal. Na altura em que ficou acertada a minha saída falei muito com o presidente do Moreirense, Vítor Magalhães, e sei que ficaram as portas abertas para o meu regresso. É importante para um jogador sair a bem de um clube, fiquei feliz por isso ter acontecido.

Ou seja, não descarta a possibilidade de no futuro voltar a jogar no Moreirense?: Claro que não. Fiquei com uma óptima impressão do clube e só tenho a dizer coisas boas. Faz parte dos meus planos voltar, porque foi um clube que me deixou boas impressões e que me ajudou muito a evoluir. Foi o Moreirense que me reabriu as portas para voltar a Portugal e numa fase importante ajudou-me a crescer como homem. O Moreirense pode ser um clube mais pequeno, mas que nos dá tudo.


sexta, 07 agosto 2020 11:54 em Desporto

Marcações: Moreirense Futebol Clube, Iago Santos

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