Atraso nas obras gera contestação à Direcção do Desportivo de Ronfe que garante execução do projecto



O candidato derrotado nas últimas eleições para os Órgãos Sociais do Desportivo de Ronfe, Paulo Silva, critica a Direcção de António Vaz pelo atraso na concretização do projecto de remodelação do complexo desportivo. A colocação de um novo relvado sintético no campo principal e de um tapete verde no campo pelado é um dos projectos da Direcção, que sofreu atrasos nos últimos meses. Uma situação que levou mesmo a equipa sénior a treinar no campo do vizinho Airão, antes da suspensão dos trabalhos de pré-época.

Paulo Silva revela que na última conversa com António Vaz, o presidente do Desportivo de Ronfe lhe comunicou que “havia um ligeiro atraso, mas que nada estava fora dos prazos. Mas, passados dois meses não há nada em concreto. Não há relvados, não há explicações aos sócios nem aos pais dos jovens jogadores. Os atletas das camadas jovens estão a treinar em parques, em condições degradantes. Esperava mais do presidente do clube e também do presidente da Assembleia Geral”. “Os sócios não servem apenas para pagar quotas, nem os pais dos jogadores para pagar a mensalidade, que vai aumentar cinco euros”, acrescenta. O candidato derrotado no acto eleitoral de Junho passado garante que tem procurado explicações, mas diz que “ninguém consegue ver o presidente”. “Tenho estado no clube, mas não o vejo. Procurei o presidente da Assembleia Geral, que não soube dar explicações. Parece que estão envergonhados com o que se passou”, vinca.

Descontente com esta situação, Paulo Silva deixa um desafio à Direcção de António Vaz: “Se as pessoas não são capazes, que cedam o lugar a quem quer trabalhar. É um convite para colocarem o lugar à disposição. Perdemos as eleições em condições inexplicáveis, um outro assunto, mas estamos aqui. Se a Direcção não se achar capaz, que coloque o lugar à disposição que eu garanto que numa semana coloco os relvados a andar, tenho condições para isso. O clube não pode continuar desta forma. Pelo menos que seja convocada uma Assembleia Geral para que sejam dadas explicações, porque nós estamos envergonhados. Sei que tinha condições para fazer muito mais”.

Confrontado com as críticas, o presidente do Desportivo de Ronfe recorda que “o maior problema foi querer fazer dois campos com o dinheiro de apenas um”, cumprindo “tudo o que está dentro da lei. Isso trouxe-nos contratempos, que fomos tentando resolver”. Nesta altura, António Vaz garante “que tudo vai acontecer como é desejo desta Direcção”. “Percebo a preocupação dos sócios, mas também quero que eles percebam que a preocupação deles não é maior nem menor do que a minha, no limite será igual. Houve alturas em que estive mais preocupado, agora estou mais tranquilo porque estamos próximos de chegar ao ponto final desta negociação. E acredito, sinceramente, que vamos conseguir ter os dois relvados. Quero que os sócios confiem e acreditem nesta Direcção, que muito me tem apoiado. Ninguém atirou a toalha ao chão, tenho de agradecer muito aos meus colegas”, acrescenta.

Sem querer responder directamente ao desafio de Paulo Silva para colocar o lugar à disposição, António Vaz assegura “respeitar todas as opiniões e preocupações”, mas nota sublinha que “esta Direcção sente-se perfeitamente capaz e unida. Acreditamos desde o primeiro dia que vamos conseguir levar este projecto para a frente. A nossa confiança é que a obra será uma realidade muito em breve”.


Marcações: Desportivo de Ronfe, obras, António Vaz, Paulo Silva

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