Ameaças ao Brito valem queixa na Polícia Judiciária
O ano de estreia do Brito no Campeonato de Portugal está a ser marcado por várias vicissitudes, dentro e fora das quatro linhas. Com muitas dificuldades para garantir a permanência num campeonato marcado pela saída de cena de dois adversários directos, a Comissão Administrativa que gere o Brito teve de contar com um problema maior. “Recebemos grandes ameaças, por mensagem, por pessoas que não têm vergonha depois das asneiras que fizeram. É um assunto que será entregue a quem de direito, que terá a responsabilidade de investigar o que se passou. Ainda vai correr muita tinta. Houve ameaças na minha pessoa dirigidas ao Brito Sport Clube”, contou José Dias, responsável do clube, em declarações ao DESPORTIVO de Guimarães.
Desafiado pelo jornal a revelar o teor das ameaças, o dirigente não se deteve: “Recebi mensagens a garantir que o Brito não tinha hipóteses, que ia descer de divisão”. É um tema que vai originar uma queixa na Polícia Judiciária, uma vez que José Dias entende que o clube “tem razões de queixa do trabalho das arbitragens em vários jogos”. “Realmente, fomos muito prejudicados. Por isso, concluímos que as ameaças de prejudicar o Brito eram verdadeiras. Queremos que as ameaças, que pelo seu teor eram mesmo certezas, sejam devidamente investigadas. Não vamos deixar passar em claro este assunto, queremos mesmo perceber se o facto de termos sido prejudicados deve-se à intervenção de terceiros. Há gente para tudo, mas não podemos deixar passar isto em claro”, acrescenta.
José Dias “não tem dúvidas” de que o Brito foi “demasiadas vezes prejudicado” pelos árbitros, num campeonato curto. “Houve jogos cirúrgicos, em que as nossas exibições justificavam plenamente outros resultados, mas em que sentimos que fomos espoliados. Encontramos bons árbitros, mas outros que não fizeram bem o seu trabalho. Daí que tenhamos a sensação de que fomos empurrados. Isso leva-me mesmo a questionar se não houve mesmo mão de terceiros”.
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