Caso Marega nasceu há um ano no D. Afonso Henriques


O caso Marega completa um ano esta terça-feira. O maliano abandonou o campo num Vitória-FC Porto, de 16 de Fevereiro de 2020, depois de se ter queixado de ter sido alvo de insultos racistas por parte de adeptos do Vitória.


Corria o minuto 71 da partida da I Liga quando Marega deixou o relvado do Estádio D. Afonso Henriques. O avançado acabou por abrir uma discussão no país sobre o racismo no desporto, que já havia conhecido casos no estrangeiro – do italiano Mario Balotelli ao brasileiro Neymar, entre centenas de outros episódios.

O caso deu origem a vários processos, por entidades distintas. Um, pela Autoridade para a Prevenção e Combate da Violência no Desporto (APCVD), puniu o organizador do espetáculo desportivo, isto é, o Vitória, com três jogos em casa à porta fechada, que serão cumpridos após o regresso do público aos estádios. A SAD liderada por Miguel Pinto Lisboa recorreu desta decisão.

O outro processo decorre após uma investigação da Polícia de Segurança Pública (PSP), que acedeu às imagens de videovigilância do estádio, de forma a serem identificados os eventuais autores dos insultos racistas, e um processo-crime do Ministério Público (MP) "por atos de discriminação racial".

Três adeptos do Vitória estão a ser julgados no Tribunal de Guimarães, pelo crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, punido com pena de prisão de seis meses a cinco anos, desde 25 de Setembro.

Também o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) levantou processos disciplinares, um ao próprio jogador ofendido e outro ao Vitória. Marega foi absolvido, não surgindo, um ano depois, qualquer decisão sobre o clube.


Marcações: Vitória Sport Clube, FC Porto, Marega

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