Rui Castro: "Taipas tem agora cinco prémios que deve aproveitar"



Com seis pontos de atraso para o líder do Pró Nacional da Associação de Futebol de Braga, com apenas mais cinco jogos para realizar no período pós retoma, o Taipas tem uma margem curta para reduzir a desvantagem para o Joane. A equipa de Rui Castro está proibida de errar se tiver como meta alcançar o emblema famalicense, tanto mais que o calendário até ao final da primeira volta mostra dificuldades acrescidas. Logo no primeiro fim-de-semana do regresso da competição, desloca-se a Joane, num encontro que pode ser determinante para as suas aspirações. Depois da recepção ao Torcatense, o Taipas ainda terá de medir forças com Serzedelo, Ribeirão e Ponte, adversários que também estão bem colocados na tabela classificativa.

Face às contingências do plano de retoma, sem uma fase final alargada, o treinador dos taipenses assume que a meta é de “finalizar num lugar entre os quatro primeiros”, retirando pressão a um grupo que tem procurado manter unido para concluir a temporada. Rui Castro espera “ganhar os cinco jogos” por disputar, de forma a manter “a ambição bem vincada”. “Enquanto for possível, vamos querer chegar sempre mais alto na classificação, mesmo ao primeiro lugar. Temos um confronto directo logo a abrir com o primeiro classificado, o que é motivador. O Joane tem alguma bagagem pontual, mas, mesmo assim, queremos ganhar para encurtar distâncias. Vai ser um arranque difícil, mas as equipas partem todas nas mesmas circunstâncias”.

O calendário “apertado” que o Taipas tem pela frente dá “a motivação” que o técnico pretendia. “De alguma forma, é benéfico podermos defrontar equipas que têm objectivos semelhantes aos nossos, que passam por chegar aos primeiros lugares. Se calhar, só o jogo com o Torcatense não terá a mesma emoção competitiva, porque está atrasado na tabela”. Por isso, defende Rui Castro, a Associação de Futebol de Braga “poderia ter promovido um formato diferente, em que premiasse os primeiros quatro classificados com a fase final, para assim termos outra competitividade. Não nos podemos esquecer que este campeonato vai ficar um pouco mais apagado com a criação de mais um escalão nacional, por isso deveria ser olhado com mais cuidado”.

O jovem treinador sente a frustração de uma época “deitada fora”, tanto mais que o Taipas foi o clube que mais vedo começou a trabalhar devido à presença na primeira eliminatória da Taça de Portugal. “Como tenho dito aos jogadores, temos agora cinco prémios que devemos aproveitar. Os jogadores querem competir, toda a gente sente a falta de balneário e do jogo. Queremos dar minutos aos jogadores que estiveram menos tempo em capo, parece-me justo porque nunca houve regularidade na competição. E, também querermos começar a olhar para o futuro, porque a próxima época está aí ao virar da esquina”.

Após uma primeira época como treinador principal “extremamente condicionada”, Rui Castro olha para o futuro com a ambição de poder “viver um ano normal”, mas ainda não tem o futuro definido no Taipas. “Todos ambicionamos estar um patamar acima. Como fui adjunto muitos anos, posso voltar a essa condição nuns patamares acima, não descarto essa possibilidade. Mas, sinto-me bem no Taipas, gostei da experiência de ser treinador principal e também gostava de perceber melhor se este é o meu futuro. Só depois, posso analisar o que pode surgir, inclusive a proposta do Taipas.


Marcações: Associação de Futebol de Braga, Clube Caçadores das Taipas, Rui Castro

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