Costinha acredita na recuperação: "O Pevidém vai dar a volta"



Depois de mais uma paragem prolongada, ditada pelos compromissos das seleções e pelos jogos da Taça de Portugal, o Pevidém recebe o Lusitânia de Lourosa, no sábado, pelas 15:00, na 9.ª jornada da Liga 3. Costinha acredita que este encontro vai marcar o início de um ciclo com resultados mais condizentes com o valor do plantel orientado por João Pedro Coelho.

A Liga 3 regressa no próximo fim-de-semana, após mais uma paragem de dois fins-de-semana. Que expectativas alimenta o plantel do Pevidém para este ciclo?: "Sabíamos, perfeitamente, que este campeonato seria muito complicado. Esta paragem que tivemos agora fez-nos bem porque entendemos que todos os processos ainda não estão bem assimilados e precisamos de tempo para estar ao nível que desejamos. Esta Liga 3 é muito complicada, mas queremos começar um ciclo novo no jogo com o Lusitânia de Lourosa, um ciclo com mais vitórias. É nisso que estamos a trabalhar e acredito que o grupo vai estar mais preparado depois do trabalho que realizamos. Esta equipa estava habituada a ganhar e queremos começar a somar mais triunfos. É com esse pensamento que vamos a jogo com o Lourosa".

Como tem sido lidar com este ciclo levando em conta que nas últimas épocas habituou-se a ganhar mais vezes do que a perder?: "É difícil, não vamos esconder que é difícil. O Pevidém andou sempre no topo nas últimas temporadas, estávamos habituados a somar vitórias atrás de vitórias, as coisas corriam-nos bem. Quando assim é, é sempre mais fácil trabalhar. As grandes equipas veem-se nesta altura, quando as coisas não correm tão bem quanto esperamos. Nós, os mais velhos no plantel, os que têm mais experiência, têm uma palavra a dizer nesta fase mais difícil, temos de segurar o plantel. Mesmo com algumas derrotas, este plantel chega ao trabalho com boa disposição. Temos uma família, mas temos mesmo, não são palavras ocas, não há 'azias'. Toda a gente gosta de fazer parte deste grupo, é um ambiente diferente. O grupo está forte e isso leva-nos a acreditar que vamos dar a volta por cima. Temos de ser nós a dar a volta, essa resposta vai surgir já no jogo com o Lourosa. Estou convencido que vamos conseguir ganhar esse jogo".

De que forma é possível manter o grupo unido nestas circunstâncias, uma vez que quando não surgem os bons resultados normalmente acontecem mais conflitos no seio de um plantel?: "É uma verdade, quando as coisas não correm bem uma pequenas brincadeira pode tornar-se numa tempestade e desequilibrar um plantel. Isso não está a acontecer no Pevidém porque nós gostamos mesmo uns dos outros. Se perder uma peladinha fico com uma azia muito grande, sei que há colegas que vão gozar com isso, mas tenho de perceber que é normal. Se entrarmos em conflitos as coisas serão ainda mais difíceis. Temos de perceber que só unidos é que temos condições para sair do lugar em que nos encontramos. É claro que com as vitórias o ambiente tende a melhorar ainda mais".

Num campeonato marcado por várias paragens, seguem-se cinco jogos consecutivos até à pausa do Natal. Que meta têm para este ciclo?: "É um ciclo de jogos importante, mas queremos estar focados no jogo a jogo a não no que acontecerá até ao Natal. Queremos preparar da melhor forma o jogo com o Lourosa, procurar ganhar. Quanto ao campeonato, amealhar pontos é a palavra de ordem, porque depois vem a 2.ª Fase. Há equipas, como a nossa, que ainda estão a adaptar-se ao campeonato, pelo que muitas coisas vão mudar. Ganhar jogos é essencial para que o grupo possa ter mais confiança. As derrotas, como é normal, trazem muitas dúvidas, até duvidamos da nossa qualidade, mas coisas boas vão acontecer. Quando tivermos dois resultados positivos seguidos o grupo vai começar a ver as coisas de outra forma e mesmo os nossos adversários terão a tendência de nos respeitar de outra forma".

A exigência desta Liga 3 era a esperada ou as circunstâncias actuais têm aumentado as dificuldades?: "Na época passada vivemos uma exigência semelhante no Campeonato de Portugal e acabamos por nos dar bem. Esta temporada está mesmo a ser diferente, até porque a exigência é maior. Na época passada, marcávamos um golo e ganhávamos o jogo, esta época isso não é suficiente porque qualquer erro nosso é aproveitado pelos nossos adversários. Pagamos caro qualquer erro, porque o nível de qualidade dos nossos adversários é elevado. A Liga 3 é uma competição mais forte do que o Campeonato de Portugal, não tenhamos dúvidas disso".

Até que ponto o facto de não poderem jogar em Pevidém tem condicionado a vossa prestação?: "É um factor muito importante. Temos consciência que o relvado da Pista Gémeos Castro tem mais qualidade, isso nem se pode comparar, mas estamos a falar da nossa casa. Estamos num campo em que as condições são melhores, mas perdemos as nossas referências e o calor dos adeptos. A bancada fica longe do relvado, nem sequer se ouvem as críticas aos árbitros (risos). Um jogador não consegue sentir o apoio dos adeptos, porque a bancada é afastada do relvado. Não tenho dúvidas nenhumas que se jogássemos em nossa casa, muitos dos jogos em que não conseguimos pontuar tinham caído para o nosso lado".


Marcações: Pevidém Sport Clube, Liga 3, Costinha

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