TC decteta irregularidades no processo de compra e instalação do teleférico

O Tribunal de Contas (TC) detectou várias irregularidades no processo de compra e instalação do teleférico que liga Guimarães à Montanha da Penha, um projecto que deu prejuízo e se revelou economicamente inviável. Segundo as conclusões da auditoria, não foram respeitados os princípios de participação equitativa no capital da cooperativa Turipenha, criada para gerir o processo de compra e instalação do teleférico e que envolve a Câmara de Guimarães, a "Irmandade de Nossa Senhora do Carmo da Penha" e alguns particulares. De acordo com o documento, a Turipenha "é hoje uma entidade detida quase em exclusivo pela autarquia, encontrando-se bastante esbatidos os princípios
cooperativos".
O TC aponta ainda como factores responsáveis pelo insucesso da exploração do teleférico "o desaparecimento do «factor novidade», a falta de promoção e desenvolvimento dos equipamentos e a desadequada escolha do equipamento do teleférico". Uma das falhas encontradas diz respeito à diferença entre o "saldo contabilístico e o saldo apurado pela equipa, no ano de 2001, que atinge os 50 mil 912 contos".
O TC reconhece ainda que a autarquia não deve continuar a suportar o
funcionamento do teleférico e sugere como alternativa a concessão da actividade a uma terceira entidade que "garanta uma gestão mais racional e eficaz", o que deveria ser feito por concurso público.
Contactado pela Santiago, o Presidente da Cooperativa Turipenha remeteu todos os comentários relacionados com o assunto para uma conferência de imprensa a realizar no próximo dia 28. Um dia depois da Assembleia Geral em que a Direcção da Turipenha vai informar os cooperantes sobre a inspecção realizada pelo Tribunal de Contas e revelar a sua posição sobre a questão.




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