Auditoria da ANAFRE critica contabilidade da gestão socialista em Urgezes

A gestão financeira do anterior executivo da Junta de Freguesia de Urgezes contém "erro grosseiro" na forma como elaborou e tratou contabilisticamente as receitas e despesas. Esta é a conclusão a que chegou a Associação Nacional de Freguesias na auditoria realizada às contas de 2001. Um relatório pouco abonatório da gestão socialista em Urgezes no ano de 2001 que faz a manchete na edição desta semana d'O COMÉRCIO DE GUIMARÃES. No seu relatório, a ANAFRE minimiza as responsabilidades da gestão socialista, por concluir que os erros detectados se caracterizam por "confusão e amadorismo". Seja como for, após apreciar os documentos da contabilidade da Autarquia, a ANAFRE chegou à conclusão que nas contas referentes à gestão de 2001, foram detectados 88 mil euros (17 mil contos) de despesas "não documentadas legalmente" num orçamento cujo total de despesas é de 280 mil euros (56 mil contos). Ainda de acordo com as conclusões da auditoria, os documentos de despesa da Junta de Urgezes não possuíam "qualquer alusão a quem os recebeu, quem os pagou, a respectiva data de pagamento e método", naquilo que na opinião da ANAFRE consubstancia a "confusão em termos de tratamento e procedimento" da gestão autárquica. Porém, para a ANAFRE, "mais grave é o facto de cerca de 30 por cento dos documentos de despesa não obedecerem a qualquer princípio contabilístico, sendo inclusivamente alguns de duvidosa leitura".

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