Julgamento do caso Dextra prosseguiu esta 2ª feira

Quem pagava os serviços feitos pelos funcionários da Dextra nas residências dos arguidos? Esta foi a questão suscitada na sessão de julgamento desta segunda-feira em que os últimos quatro administradores da empresa são acusados do crime de falência dolosa. Uma ex-funcionária da empresa confirmou que trabalhou três vezes sempre ao sábado na casa da arguida Ana Maria, no Carvalhido. Sobre o pagamento desse serviço começou por dizer que o encarregado lhe entregava um envelope que, citamos, era mandado pela arguida Ana Maria. No entanto, depois diria que aqueles serviços eram considerados horas extras e pagos ao fim do mês pela empresa. Interrogada pela acusação, considerou o primeiro pagamento uma gorjeta, mas questionada pela defesa, disse que conferia o dinheiro para ver se estava certo em função dos 300 escudos que levava à hora.
A mesma testemunha disse que ajudou a confeccionar jantar que diz que destinava aos arguidos porque as respectivas cestas levavam os seus nomes.
Maria dos Santos Oliveira disse que na cantina da Dextra era cozinhada carne para o cão do arguido Jorge Miguel ao passo que os cães da empresa comiam os restos dos almoços feitos na cantina.
Outra testemunha, também ex-funcionário da Dextra, afirmou que esteve durante duas semanas a realizar trabalhos de electricista na casa dos arguidos em Oliveira do Hospital, sendo que considerou ter recebido horas extras pagas pela empresa por esses serviços.
Interrogadas pela defesa, as testemunhas afirmaram não saber a proveniência do dinheiro se da Dextra ou dos arguidos.
O julgamento prossegue amanhã.

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