Inspectora das Finanças depôs no julgamento da Dextra

Uma Inspectora das Finanças que averigou a Dextra, disse esta terça-feira ao tribunal que teve muitas dificuldades para desenvolver o seu trabalho. Durante mais uma sessão do julgamento da alegada falência dolosa da Dextra, Maria do Carmo Rocha disse mesmo que quando chegou à Dextra não encontrou elementos para realizar integralmente a sua investigação
desencadeada a partir de uma denúnica feita junto das Finanças pela União de Sindicatos de Braga. Mesmo assim, a testemunha disse que a investigação possível permitiu concluir que a Dextra efectuou pagamentos aos administradores se que fossem contabilizados.
Maria do Carmo Rocha afirmou também ter encontrado um envelope onde se lia "documentos não oficiais" que continha outras referências a pagamentos feitos nas mesmas circunstâncias confirmados por dois funcionários do escritório da Dextra.
De acordo com os elementos localizados, entre os anos de 1994 e 1995, os administradores da Dextra terão recebido cerca de 10 mil contos.
No seu depoimento, a Inspectora disse ter encontrado elementos que lhe
permitiram concluir que a Dextra vendia mercadoria à Apotheke a preço muito mais baixo do que aos restantes clientes. O mesmo afirma ter acontecido com malha vendida à Panificadora Vilacondense, sendo que malha habitualmente comercialziada a mil e 600 escudos o quilo, foi vendida a 200 escudos.
Na sessão de hoje, o Tribunal deferiu um requerimento do representante do assistente do processo para convocar novas seis testemunhas.

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