Do bom-senso
Quando se baixa o nível da discussão política ao ataque pessoal, ao amesquinhamento do adversário político, à crítica das ideias dos outros e não à defesa das suas próprias convicções, está-se a menorizar
Quando se baixa o nível da discussão política ao ataque pessoal, ao amesquinhamento do adversário político, à crítica das ideias dos outros e não à defesa das suas próprias convicções, está-se a menorizar
Como a esmagadora maioria dos mancebos da minha geração, cumpri serviço militar obrigatório e fui mobilizado para integrar uma companhia operacional na Guiné.
Desde meados do século XIX que a análise histórico-económica precisou que o processo evolutivo de qualquer sociedade humana dependia da natureza, do esforço humano
Há dias surgiu no meu telemóvel, via Facebook, uma fotografia, que julgo ser de finais dos anos 40 do século passado, tirada aquando de um encontro de médicos vimaranenses,
Prosseguindo na citação que vai como título, seguir-se-á que: “As guerras são todas fraticidas e são deicidas, sejam elas contra quem forem”. E continuando-a:
“Todo começo é apenas um outro começo, e o fim de todo fim é apenas o começo de algo mais “
(Séneca)
Título que parece enunciar uma verdade de Monsieur de La Palisse, mas que não a é objectivamente, porque a diversidade da vida tem muito que se lhe diga e, por isso,
Beneficiei, no sábado passado, de uma curiosa experiência; a confluência de moderníssima tecnologia com a ancestralidade de uma secular tradição.
Das múltiplas e distintas ramificações do sapiens sapiens neste continente tão irregular e de bordos tão recortados que, pelo séc. XV, se estendia do Estreito de Bering ao Cabo da Roca,
Porque gosto de música, passo algum tempo, diariamente, a desfrutar de peças musicais de vários géneros, desde o clássico ao jazz, passando pela música
Que todas têm as suas consequências. E porventura com efeitos que se prolongam por décadas.
1.Com a cerimónia religiosa da “Quarta-feira de Cinzas”, celebrada na passada semana, teve início a Quaresma, tempo privilegiado de peregrinação interior rumo
Desde muito cedo na minha vida que tenho uma atração pela notícia, pelo retrato aproximado do presente.
À medida que os dias vão avançando, rumo ao dia 10 de março, dia marcado para a realização do próximo acto eleitoral, vão sendo conhecidas as listas de candidatos a deputados
Penso que a maior parte das pessoas, mais ou menos atentas à realidade, e aos sinais que ela deixa antever, entraram em 2024, com o mesmo terror com que se entra,
Deu-se, neste ano, a feliz coincidência da preparação do habitual artigo para o jornal coincidir com o dia de Natal. Não poderia, pois, deixar de ser este o tema de hoje.
O tema Natal traz-nos à mente o nascimento do Jesus Menino em Belém. Dizia Bento XVI, na sua mensagem de Natal de 2007: “Quando Jesus nasceu na gruta de Belém, «uma grande luz» apareceu sobre a terra; uma grande esperança entrou no coração dos que O esperavam: «lux magna», canta a liturgia deste dia de Natal. Não foi certamente «grande» como o mundo pensa, pois, os primeiros a vê-la foram só Maria, José e alguns pastores, depois os Magos, o velho Simeão, a profetiza Ana: os que Deus tinha escolhido. No entanto, na humildade e no silêncio daquela noite santa, acendeu-se para cada homem uma luz esplêndida e inextinguível; chegou ao mundo a grande esperança portadora de felicidade: «O Verbo fez-Se carne e [...] nós vimos a sua glória»
Acontecimento histórico e mistério de amor que, há mais de dois mil anos, interpela os homens e as mulheres de cada época e lugar, é o dia santo em que brilha a «grande luz» de Cristo portadora de paz! Certamente, para reconhecê-la, para acolhê-la, é preciso fé, é preciso humildade. A humildade de Maria, que acreditou na palavra do Senhor e foi a primeira que, inclinada sobre a manjedoura, adorou o Fruto do seu ventre; a humildade de José, homem justo, que teve a coragem da fé e preferiu obedecer a Deus mais que preservar a própria reputação; a humildade dos pastores, dos pobres e anónimos pastores, que acolheram o anúncio do mensageiro celeste e à pressa foram à gruta onde encontraram o Menino recém-nascido e, cheios de maravilha, O adoraram louvando a Deus. Os pequenos, os pobres em espírito:
eis os protagonistas do Natal, ontem como hoje; os protagonistas de sempre da história de Deus, os construtores incansáveis do seu Reino de justiça, de amor e de paz.
Jesus é essa outra Luz do Natal que quando acolhida pelos povos e pelas nações, ilumina as suas acções e conduz à verdadeira justiça e à verdadeira paz, anunciada pelos profetas milénios antes do seu nascimento.
Os ensinamentos de Jesus, protagonizados pela evangelização cristã levada a cabo, nos primeiros tempos, pelos apóstolos, que anunciavam apenas a Vida Eterna, foram um extraordinário processo de libertação dos oprimidos, dos perseguidos, dos marginalizados, da denúncia da sociedade dos prazeres sem limite, da vida libertina e promíscua, característica de civilizações em decadência e em extinção, como a Egípcia, a Grega e a Romana.
Nestes momentos de crise, cujos contornos estaremos ainda longe de conhecer em toda a sua dimensão, e em que estamos a assistir à construção de um novo ordenamento internacional, com a Europa e, de um modo geral, o mundo ocidental, a perder pujança e poder no palco global, seria bom que cada homem desse algum contributo para a construção de um mundo melhor e mais solidário, em que o “Outro” não constitui a nossa perdição, como defendem alguns pensadores materialistas, mas sim a nossa verdadeira salvação.
Natal é, na verdade, o Dia da Família por excelência, dia que habitualmente reúne todos os seus membros, alguns por vezes vindos de milhares de quilómetros de distância para celebrar, em comunhão física e presencial, o nascimento de Jesus.
Estava, porém, bem longe de imaginar, o Papa Júlio I, quando no século IV instituiu esta celebração que, alguns séculos depois, se haveria de transformar, com o apoio de um ignóbil e agressivo marketing, numa data caracterizada por um consumismo voraz, cego e devorador, em que os nobres sentimentos de “amor ao próximo” são, em muitos casos, profundamente adulterados e substituídos por falsas manifestações de solidariedade, tantas vezes elas mesmo portadoras de doentias vaidades mundanas.
Mas mais chocante ainda é assistir à hipocrisia de alguns fariseus dos tempos de hoje, que vivendo nas sociedades ocidentais em riqueza e abundância obscenas, de forma egoísta e egocêntrica, esquecem os pobres, os famintos, os doentes, os perseguidos, os injustiçados e os explorados de outras regiões do globo dos tempos actuais.
Como é também chocante e contrastante a forma pobre, modesta e humilde como nasceu Jesus, numa gruta de pastores em Belém segundo a tradição, e os excessos cometidos nos tempos actuais, em que crianças e não só, tendo já praticamente tudo, ficam impossibilitadas de sentir a felicidade que é concedida aos simples que nada têm.
Feliz Natal para todos.
Guimarães, 25 de Dezembro de 2023
António Monteiro de Castro
O primeiro e mais fascinante salto tecnológico que mudou (para muito melhor) a minha vida foi a fotocopiadora.
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Tenho a memória muito forte da lenda da Rainha Santa Isabel dos meus livros da escola primária. Na altura fiquei com a impressão
Nestes tempos conturbados em que a guerra parece espreitar-nos a toda a hora e em todos os cantos, confirmando estarmos longe de alcançar a meta