Rui Rio concorda, por princípio, com a gestão cultural de proximidade

Por princípio Rui Rio concorda com uma gestão de proximidade. O líder nacional do PSD respondia a uma questão do Grupo Santiago sobre a pretensão da Câmara de Guimarães de fazer a gestão integrada dos monumentos nacionais, desejo que o Governo tem recusado. Esta quarta-feira de visita a Guimarães no âmbito do Roteiro do Património, Rui Rio afirmou que num quadro de descentralização de competências, defende que as câmaras devem assumir essa gestão.

"Sem me focar especificamente na questão de Guimarães, devo dizer que entendo que no quadro da descentralização de competências, devemos seguir esse princípio, o da proximidade. Não quer dizer que seja possível sempre, mas desde que possível e a minha experiência como presidente de câmara é que as câmaras municipais têm muito melhores condições para cuidar do património, é disso que estamos agora a falar, do que normalmente tem o Ministério da Cultura que está muito mais longe", afirmou. Porém, acrescentou que "haverá situações específicas mas, como regra geral, entendo que as câmaras municipais devem ter essa responsabilidade porque as coisas ficam muito mais preservadas, muito mais bem acompanhadas. Os dirigentes dos museus têm muito mais facilidade de falar com um presidente de câmara do que com um ministro ou um secretário de estado".

No caso de Guimarães o deseja manifestado pela Câmara tem «esbarrado» na pretensão de incluir nessa gestão integrada o Paço dos Duques de Bragança, um dos monumentos nacionais mais visitados em Portugal e que, por consequência, gera uma receita muito apetecida.
Em Guimarães Rui Rio visitou a Sociedade Martins Sarmento e o Museu de Alberto Sampaio onde apreciou, por exemplo e respectivamente, a primeira edição de «Os Lusíadas» e o Loudel/Corpete de D.João I usado na Batalha de Aljubarrota.

Rui Rio sublinha que em Portugal há um imenso e diversificado património cultural que é preciso saber preservar.
"Portugal tem, efectivamente, um património brutal que temos obrigação de defender e preservar. Vimos aqui em Guimarães como se consegue preservar jóias da história de Portugal, com muitos séculos, e isso é uma riqueza nacional que qualquer governo tem obrigação de saber preservar. A minha vinda aqui tem justamente a ver com isso, ou seja, dar a devida importância e o devido relevo a uma riqueza que Portugal tem e outros países mais recentes não têm e que devemos continuar a saber preservar de forma sustentada".
De Guimarães o líder do PSD seguiu para Braga num roteiro que o levará às cidades com Património Cultural da Humanidade. Antes da partida, já em pré-campanha para as eleições legislativas, Rui Rio encontrou-se, no Largo da Oliveira, com o antigo dirigente do PSD e Governador Civil de Braga, Fernando Alberto Ribeiro da Silva.


quarta, 28 agosto 2019 12:35 em Política

Marcações: PSD , Rui Rio, Roteiro do Património

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