Covid-19: Quarenta pessoas já recuperaram da infecção e tiveram alta no Hospital de Guimarães

Quarenta pessoas infectadas com a Covid-19 recuperaram e já tiveram alta após terem recebido o adequado tratamento em regime de internamento no Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães.

Neste momento, há 75 doentes internados, existindo cinco casos que inspiram mais cuidados e estão nos Cuidados Intensivos. A informação foi avançada ao Grupo Santiago pelo Presidente do Conselho de Administração do Hospital da Senhora da Oliveira, Henrique Capelas, garantindo que "as populações não só de Guimarães mas também de todos os concelhos limítrofes podem estar confiantes na capacidade do Hospital Senhora da Oliveira!" "Não vou dizer que não existem problemas porque mantém-se a nossa preocupação... Continuamos a lidar com um inimigo que ainda desconhecemos na sua totalidade para o saber combater, mas dentro dos constrangimentos existentes, posso dizer que o Hospital de Guimarães tem sido ímpar na capacidade de resposta", sustentou o responsável, indicando que a unidade hospitalar está situada numa das regiões "que tem sido das mais atingidas dentro da zona Norte". "Continuamos com níveis de internamento, quer no internamento normal, quer nos cuidados intensivos que nos permitem dizer com algum desafogo que não estamos descansados, mas estamos confortáveis porque até à data conseguimos e estamos a controlar muito bem as questões", disse, realçando o empenho de todos os profissionais no cumprimento do plano implementado para dar resposta à infecção pelo SARS-COV-2.

Estas considerações surgiram ao ser questionado pelo Grupo Santiago sobre informação divulgada numa reportagem emitida ontem pelo Porto Canal dando conta que "material médico para ser doado ao Hospital de Guimarães terá sido desviado para a região da grande Lisboa".
Confrontado com a questão, Henrique Capelas reagiu, peremptório: "repudio essa asserção e essa afirmação". "Aos empresários e instituições que doaram e disponibilizaram o seu dinheiro ao Hospital de Guimarães, a única coisa que posso e devo dizer é que podem e devem estar perfeitamente confiantes. Têm o nosso agradecimento total. Os fundos que disponibilizaram estão a ser bem aplicados e vão ser bem aplicados nas aquisições dos equipamentos que já chegaram e que ainda hão-de chegar. Estamos a encomendar material, já chegou algum desse material, como ventiladores e monitores e vai chegar mais", afirmou, reconhecendo a "generosidade e responsabilidade social dos mecenas vimaranenses" que fizeram donativos de cerca de meio milhão de euros para aquisição de equipamentos e materiais hospitalares.

"O Hospital tem na ordem dos 40 ventiladores, 17 deles estão dedicados à Covid-19, porque separamos e adaptamos as estruturas do Hospital. Temos uma unidade de cuidados intensivos normal que nunca parou, onde continuam a estar doentes internados e a receberem os cuidados que têm de receber de outro tipo de patologias diversas que não a Covid-19 e temos uma Unidade de Cuidados Intensivos que criamos especialmente para o efeito com uma capacidade para 17 camas. Felizmente, nem 1/3 da capacidade está ocupada. Está longe de estar ocupada por doentes Covid-19", declarou Henrique Capelas. 
O Presidente do Conselho de Administração sublinhou: "os serviços do Ministério da Saúde têm sido incansáveis no apoio ao Hospital. Diariamente interagimos, apresentamos as nossas dificuldades, as nossas necessidades de equipamentos e de material porque as temos como todos os hospitais. Temos diariamente essa informação de material que nos chegou e continua a chegar".

Aliás, o Hospital da Senhora da Oliveira prepara-se para regressar à 'nova' normalidade. Embora tenha continuado "a fazer cirurgias, a fazer partos, a atender urgências, a actividade normal foi suspensa". "É essa actividade que agora com muita cautela iremos iniciar brevemente, os utentes serão contactados para fazermos consultas, mais cirurgias, nomeadamente de ambulatório e assim retomarmos a actividade com muita, muita cautela porque se de repente as pessoas pensarem que já não têm de tomar cuidados especiais pode ocorrer o perigo de mais contágios. Vamos iniciar a actividade e fazemos constantemente uma avaliação, saber se aumentou ou não o grau de contágio e assim vamos gradualmente aumentando a capacidade do Hospital", assegurou.

 


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