Guimarães tem mais uma empresa com máscara certificada

Já há mais uma máscara vimaranense certificada pronta a entrar no mercado. A empresa Anperri, de S. Jorge de Selho, precisou de cerca de 45 dias para ver a sua máscara aprovada pelo CITEVE. "Tentei certificar sete tipo de tecidos, mas conseguimos certificar apenas uma. Foi uma luta diária no CITEVE para ver a máscara certificada. Não percebemos porquê, empresas que tentavam certificar os seus produtos recebiam essa certificação antes de nós, mas a nossa experiência fez a diferença. Tínhamos a certeza de que estava tudo bem. A nossa resiliência levou a este desfecho, porque todos os dias apareciam problemas e retrocessos, até que ficou concluída a certificação", conta o empresário Carlos Ribeiro.

A máscara da Anperri que é fabricada com algodão ecológico e por isso é "amiga do ambiente", tem a sua principal novidade no clipe nasal, que é composto em inox, tratando-se de uma "inovação", segundo o responsável. 

A empresa decidiu produzir máscaras para protecção individual seguindo as necessidades dos seus clientes que estão no ramo de enfardamento. "Os meus clientes já estavam a ficar impacientes pelo tempo de espera. Somos uma empresa pequena, mas trabalhadora. Não vendi uma máscara durante um mês e meio, pois não estavam certificadas. Alertei os meus clientes para não comprarem máscaras sem a certificação e eles aguardaram pela minha máscara", explica o empresário, sublinhando que a empresa nunca entrou em  lay-off, procurando manter os trabalhadores a laborar apesar do "pouco trabalho".

Agora com a máscara certificada, a empresa de de S. Jorge de Selho pode satisfazer a necessidade dos seus 150 clientes e pensar em exportar. "Tenho milhares de encomendas para uma máscara totalmente portuguesa, pois apenas o fio tem origem num país da Europa. Nós conseguimos produzir 50 mil por semana, podendo chegar às 100 mil", frisa. 

Carlos Ribeiro deixa ainda algumas críticas aos empresários que estão no "combate de forma desleal", pois vendem máscaras sem a certificação, assim como direcciona as suas críticas para as grandes empresas de outros ramos que adaptaram a sua produção para as máscaras. "Assim, centenas de costureiras ficam sem trabalho", atira.

Marcações: máscaras sociais

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