CAO/ Lar Residencial da Santa Casa de Guimarães apoia deficientes mentais

Guimarães dispõe de valências pouco conhecidas, mas que são de grande valia para uns e quase que vitais para muitos outros. Exemplo disso são o Centro de Actividades Ocupacionais/Lar Residencial da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães. Duas valências que funcionam em articulação, já que todos os utentes do Lar frequentam o CAO e, ao mesmo tempo, serve de retaguarda a pessoas com deficiência mental.

Com apenas 25 anos e formada em psicologia clínica, Cláudia Fernandes é a directora dos serviços. Foi parar àquela casa através do estágio profissional, em 2005, “durante o qual exerci funções de psicóloga nas cinco valências da Santa Casa. Entretanto, a Directora do CAO saiu e fiquei cá eu porque me familiarizei logo com os utentes. Aliás, na recta final do estágio já trabalhava aqui em parceria com a directora da altura. Tivemos logo alguma empatia, fomos trabalhando”. Diante de uma população que lhe despertava particular interesse “por causa da psicologia, fui trabalhando com os utentes técnicas de desenvolvimento pessoal, fui fazendo algumas actividades e dá-se então a saída da Directora. Eu mantive-me cá e acabei por assumir estas funções”.

Sendo este, aos olhos da maioria, um trabalho difícil por estarem em causa pessoas com perturbações mentais, a verdade é que Cláudia Fernandes fala da sua tarefa com uma ternura que não passa despercebida. “Estas valências são muito peculiares por causa do tipo de utentes que temos cá, mas nós ficamos logo muito apegadas ao Centro. São pessoas extraordinárias, que têm sempre muitas oscilações de humor, como é característico das perturbações, mas é muito gratificante trabalhar cá”. Depois, segundo conta, na Santa Casa “trabalhamos muito em família e vamos tentando sempre optimizar da melhor forma o CAO e o Lar”.

As idades dos utentes do CAO/ Lar Residencial da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães são muito heterogéneas. “O nosso menino mais novo tem cerca de 16 anos e o mais velho quase 60. E depois é extremamente carinhoso ouvi-los chamarem-me «mam㻔, conta com satisfação a jovem de 25 anos.
O Centro de Actividades Ocupacionais conta com vinte utentes, sendo que “pode haver alturas em que tem mais um ou dois porque temos protocolos estabelecidos com a Escola João de Meira e de Fermentões com vista ao apoio de alunos com necessidades especiais”.

Quanto ao Lar Residencial tem nesta altura 14 utentes. Ou seja, “apenas entre 6 a 8 utentes, consoante o caso de termos cá alunos das escolas ou não, estão apenas no CAO. A maioria além das actividades que fazem também vivem cá”.

sexta, 20 junho 2008 10:34 em Sociedade

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