André Coelho Lima pede "frente comum" para vingar candidatura das Nicolinas a Património Imaterial da UNESCO

O processo de candidatura das Nicolinas a Património Imaterial da Humanidade esteve em foco na reunião do Executivo vimaranense realizada esta segunda-feira.

No período antes da ordem do dia, na sessão que antecede o início de mais uma edição dos festejos - na próxima sexta-feira com o desfile e enterro do Pinheiro -, o Vereador do PSD, André Coelho Lima, mencionou a singularidade desta manifestação cultural, considerando que mais importante do que olhar para o passado "é saber o que fazer daqui para a frente".

O representante social-democrata realçou que deve ser criada "uma frente comum para que a candidatura seja uma realidade". "Nesta fase, não quero saber por que é que tem demorado tanto tempo, o que importa saber é o que fazer daqui em diante e manifestar a nossa disponibilidade para fazer uma frente comum. Não interessa reflectir, nem tirar conclusões sobre o que falhou ou deixou de ter falhado, interessa andar para a frente", apontou, considerando que o processo começou com uma frente comum. "Em dezembro de 2005, numa moção apresentada pelo PSD na Assembleia Municipal, mas subscrita por todos os partidos", recordou, exortando: "vamos regressar a esse ponto, 14 anos depois". "É muito importante para Guimarães poder associar este património imaterial ao património material distinguido em 2001 pela UNESCO. É significativo para as Nicolinas que tenham a dimensão histórica, antropológica, o reconhecimento internacional da sua valia", continuou, pedindo que "o debate político não perturbe, mas contribua...", afirmou, alegando que é tempo "de tirar as pedras do caminho para que seja possível obter a classificação das Festas Nicolinas dentro da outra classificação que é o Centro Histórico, Património Mundial".

Em resposta à intervenção, a Vereadora da Cultura, Adelina Paula Pinto, assumiu que a Autarquia vai cumprir a deliberação da Assembleia Municipal, revelando que, desde 2016, o pedido de inscrição das Festas Nicolinas no Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial, da Direcção-Geral do Património Cultural. "O processo conheceu uma pequena evolução, porque já é possível consultar na plataforma daquele organismo as fichas submetidas, assim como as referentes ao pedido relacionado com a tradição das passarinhas e sardões, apresentada em 2015", comentou a responsável, garantindo que o livro com estudo «As festas Nicolinas em Guimarães: tempo, solenidade e riso» será brevemente editado.

O Presidente da Câmara rematou a discussão, assegurando o empenho do Município "no êxito da candidatura". Dirigindo-se a André Coelho Lima, Domingos Bragança acrescentou: "Sr. vereador e deputado, estamos abertos a todas as diligências, em articulação com a Câmara Municipal. Quanto mais fizermos melhor".

No final da reunião, questionado pelo Grupo Santiago, se na próxima sexta-feira colocará o «lenço à taberneiro» à semelhança do que protagonizou no ano passado durante uma reunião do Executivo, André Coelho Lima revelou que espera apresentar-se na Assembleia da República onde exerce as funções de deputado com esse adereço, assinalando simbolicamente o início das Festas Nicolinas.

Marcações: André Coelho Lima, reunião camarária, Festas Nicolinas

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