Aos 36 anos está tetraplégico após acidente de trabalho...Um drama real!

É o desespero de uma família que viu a sua vida alterada de um dia para o outro. Um caso real que pode acontecer a qualquer um. É a história de Jorge Couto, de 36 anos, pai de dois filhos, que, após um acidente de trabalho, ficou tetraplégico. O dia 27 de Junho de 2003 ficará para sempre na memória deste homem residente em Serzedo, na Rua dos Oleiros. A queda de uma escada, de uma altura de cerca de sete metros, quando trabalhava numa obra em Stª. Maria de
Souto, deixou este homem entregue a uma cadeira de rodas, tendo ficado internado em Braga, no Hospital de S. Marcos, durante oito meses.

Só a 27 de Fevereiro deste ano é que Jorge Couto teve alta hospitalar e regressou a casa. Mas como se não bastasse ter ficado numa cadeira de rodas e completamente dependente de terceiros, tem ainda que enfrentar uma longa batalha para que o seguro possa vir a dar-lhe qualquer indmenização, já que no seguro alegam faltar um documento.

Jorge Couto suspeita que em causa esteja algum documento que não é da sua competência, mas talvez da responsabilidade do Tribunal ou da Inspecção Geral do Trabalho. A Tribunal já foi chamado duas vezes, mas nunca foi ouvido, sendo que ali regressará a 7 de Julho. Mas sem ver qualquer luz ao fundo do túnel a única certeza que existe é que aquela família vive apenas com 250 euros por mês provenientes da baixa da esposa de Jorge Couto, que teve que ficar em casa porque ele nem água consegue beber sozinho.

É com saudades que este homem de apenas 36 anos recorda a vida que levou até ao trágico dia 27 de Junho de 2003. Uma vida de alguém que tinha que trabalhar, mas que nunca tinha passado dificuldades financeiras. Agora, sem qualquer ajuda do seguro, depende da boa vontade de familiares e amigos, bem como dos escuteiros de Calvos
que efectuaram um peditório para ajudar Jorge Couto. Com uma filha de 15 anos, prestes a completar o 9º ano de escolaridade, e um menino de nove que frequenta a escola primária, Jorge Couto colocou já a hipótese de ter que tirar a filha da escola para poder trabalhar e ganhar para a família.
Um drama para alguém que sonhava ver os filhos estudarem até quando desejassem.

Quanto ao seguro, Jorge Couto não pede muito, nem mesmo indmenização...Apenas "algum dinheiro mensal" que o ajudasse a viver.

Um desejo que precisa tornar-se realidade para que esta família possa voltar a ter motivos para sorrir...Até porque o que aconteceu a Jorge Couto, de Serzedo, pode acontecer amanhã a qualquer um de nós.

quarta, 16 junho 2004 07:15 em Sociedade

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