Escola de Engenharia da UMinho criou um andarilho inteligente

A Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) apresentou na sexta-feira um andarilho inteligente, para melhorar a locomoção dos doentes e a terapia de reabilitação física. O projecto inovador, já distinguido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação sendo cofinanciado pelo Compete 2020.

“Esta tecnologia 100% portuguesa permite melhorar a estabilidade e a marcha patológica do paciente, além de monitorizar o seu estado físico, apoiando assim os terapeutas numa reabilitação eficaz e inteligente”, explica a coordenadora do projecto, Cristina Santos, esperando que o conceito desperte interessados e sirva a sociedade.

A estabilidade e diferenciação deste «smart walker» é conseguida através da inteligência artificial e de um design próprio, garantindo menor probabilidade de incidentes a quem padece de descoordenação dos movimentos ou ataxia. Permite também vários contextos de utilização. Em modo manual, com total controlo do utilizador, com controlo à distância por outrem, como por exemplo monitorizado e conduzido pelo fisioterapeuta, em modo pré-programado/autónomo, com meta pré-estabelecida, ajustando-se no percurso e desviando-se de eventuais obstáculos e em modo misto, sendo conduzido pelo utilizador mas com alarmes a avisar os obstáculos, o afastamento corporal ou eventuais riscos.

Outra potencialidade deste equipamento multifuncional é realizar o apoio ao diagnóstico através da quantificação e análise da marcha. Ou seja, através de um sistema de sensores são recolhidos dados posturais e gestuais, permitindo estabelecer padrões para posteriores avaliações médicas e terapêuticas. Este projecto, designado «EML – Equipamento Multifuncional de auxílio técnico à Locomoção», envolveu engenheiros electrotécnicos, informáticos, biomédicos e clínicos. Teve a sua origem no Centro Algoritmi, evoluindo depois no Centro de Investigação em Microssistemas Electromecânicos (CMEMS), ambos na UMinho, em Guimarães. A inovação foi validada nos serviços de Ortopedia e de Reabilitação do Hospital de Braga e no Centro Clínico Académico, tendo sido alvo de teses de mestrado e doutoramento em Engenharia Biomédica.


Marcações: Escola de Engenharia da Universidade do Minho, andarilho inteligente, Cristina Santos

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