VÍDEO: Efluentes de exploração pecuária lançados no meio da floresta em Santa Leocádia de Briteiros

Os dejectos produzidos pelos animais de uma exploração pecuária foram despejados a céu aberto numa área florestal em Santa Leocádia de Briteiros.
A denúncia anónima chegou à nossa redacção, com a informação de que terá sido efectuada mais do que uma descarga no final do ano passado, no meio de uma mata, não muito longe da estrada que através daquela freguesia do concelho de Guimarães garante o acesso à zona do Sameiro, já no vizinho concelho de Braga.


A equipa de reportagem do Grupo Santiago foi ao local e os vestígios eram visíveis, apesar da precipitação que entretanto se verificou.
O denominado "chorume", ou seja, a mistura dos dejectos sólidos e líquidos dos animais de uma exploração pecuária, continuava espalhada num terreno onde existe acentuada inclinação, numa situação de incumprimento dos requisitos existentes para a gestão deste tipo de efluentes que até podem ser utilizados, mediante regras, na valorização de solos agrícolas.
Na manhã em que estivemos no local, o termômetro registava 0 graus centígrados, situação que fazia com que em alguns locais o chorume estivesse congelado.
A equipa do Núcleo de Protecção do Ambiente, da GNR, está a desenvolver diligências para identificar a autoria desta descarga que configura uma contra-ordenação ambiental.
No final de Dezembro, a GNR recebeu uma denúncia através da Linha SOS Ambiente e Território, tendo os militares ido ao local e verificado a situação. Entretanto, esta semana, a equipa do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente voltou a percorrer a área florestal e confirmou a repetição deste procedimento.
A GNR adianta que as diligências estão em curso para responsabilizar os infractores. O local da descarga fica situado no meio de uma floresta densa, onde há minas particulares que permitem a recolha de água para diversos usos.
E acompanhando o declive do terreno, constata-se a proximidade de um aglomerado habitacional e até de uma estação elevatória que permite o abastecimento público da água captada no rio Ave à população daquela zona do concelho.


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