Acusações de assédio laboral motiva queixa crime da Misericórdia de Guimarães

A Santa Casa da Misericórdia de Guimarães anunciou que vai proceder criminalmente contra os trabalhadores que acusaram a instituição de assédio laboral. Na base desta atitude estão acusações de que na Santa Casa da Misericórdia os trabalhadores são vítimas de "exploração", "humilhação" e "escravatura".

Em comunicado, a Mesa Administrativa daquela centenária instituição vimaranense reagiu à greve de três dias convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços de Portugal. No documento, a Santa Casa salienta que após o pré-aviso de greve para os dias 24 a 26 de Maio, iniciou-se um processo de negociação dos serviços mínimos. Entretanto, no dia 11, cerca de duas dezenas de trabalhadores paralisaram a actividade do Lar Rainha Dona Leonor, em protesto, "donde resultaram até ameaças de morte a uma Directora por parte de um trabalhador, situação que só cessou cerca de duas horas mais tarde, com a ida ao local das Coordenadoras Gerais da Instituição". Na sequência do sucedido, a Mesa Administrativa "instaurou procedimentos disciplinares com o objectivo de averiguar o sucedido", ao mesmo tempo que a Directora visada participou criminalmente contra os referidos trabalhadores.

Realçando que a covid-19 conduziu à contratação de mais de uma centena de profissionais, a Mesa Administrativa realça que "num universo de 226 trabalhadores, apenas 27 exerceram o direito à greve", acrescentando que "reconhecendo a importância que os trabalhadores têm no bom funcionamento da Instituição, em Janeiro de 2020, decidiu livremente proceder ao pagamento de diuturnidades a todos os trabalhadores, sem excepção".


Marcações: Santa Casa da Misericórdia de Guimarães, queixa crime, assédio laboral

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