Estudo sobre futuro da mobilidade: Presidente da Câmara justifica análise com oportunidade do PRR e ligação à alta velocidade

O Presidente da Câmara justificou a apresentação do estudo «Análise exploratória para a viabilidade de um sistema de transporte público em via dedicada de Guimarães», precisando que a sua realização foi decidida no início do ano, recusando a existência de interferência eleitoral. "A discussão foi feita no âmbito do plenário da Câmara, o que a lei diz é que não se deve comunicar sem estarem todos os vereadores presentes. Quer na Câmara, quer na Assembleia Municipal em termos de plenário toda a discussão é possível, todos os assuntos podem ser trazidos ao plenário, porque é assim que se exerce a democracia", justificou, sublinhando a importância deste estudo.

"Da minha parte foi até ousado trazer esta análise à mobilidade de futuro, dos próximos anos para Guimarães. Esta mobilidade integra o desenvolvimento da concessão dos transportes públicos urbanos, porque o que estamos a apontar é para o eixo ferroviário de ligação de Guimarães à alta velocidade, a ligação ao sistema de mobilidade urbano de Guimarães ao de Braga e é o aperfeiçoamento, desenvolvimento, do eixo ferroviário existente com obras de vulto, com uma intervenção a fazer em todas as estações e apeadeiros para que a ligação de Guimarães - Porto e, em particular, Guimarães - Lousado se transforme numa opção de mobilidade complementar à EN 105", assinalou Domingos Bragança, ao vincar que "isto significa que podemos ter veículos ferroviários ligeiros a fazer a ligação da parte sul do concelho à Cidade", sendo necessário "um conjunto de obras de acessibilidade rodoviário, pedonal e ciclável a estes apeadeiros, transformando a estrutura ferroviária existente".

O Presidente da Câmara esclareceu que este estudo "tem em vista as exigências do Plano de Recuperação e Resiliência, que não pára, e quem estiver à frente é que vai ganhar, quem tiver os projectos avançados e com mais maturidade é que vai ganhar". Domingos Bragança frisou a oportunidade decorrente desses fundos comunitários para o desenvolvimento da mobilidade de Guimarães, na sua articulação com o Município de Braga, "com um sistema de BRT com via dedicada e que terá em conta exactamente nesse BRT, duas realidades, a condução autónoma através de mini-autocarros eléctricos e respondendo ao BRT convencional, com as vias dedicadas ao transporte público".

"Poderemos solucionar sistemas de mobilidade com tecnologia e novos desenvolvimentos por cabo - teleféricos de última geração - nomeadamente na cidade que é histórica com projectos financiados pelos fundos da União Europeia e pelo PRR", considerou o Presidente da Câmara, referindo-se à possibilidade de ligar "o anel da Cidade" com uma solução por via aérea.

"Para isso temos de propor ao sistema tecnológico, ao sector empresarial, e aos fundos comunitários - já fiz essas diligências para saber se era possível desenvolver este projecto no âmbito do PRR e fundos comunitários - e o que é dito é que há possibilidade de o fazer, com carácter inovador e poderá ser Guimarães com carácter inovador", afiançou, ressalvando: "é um estudo de mobilidade para o futuro, para os próximos 10 anos. É este estudo que trago para que a comunidade vimaranense possa discutir. Isso é que é a democracia; trazer algo que está fechado? Não entendo a democracia assim! Trazê-lo no momento decisivo da vida política vimaranense, no sentido das escolhas que os vimaranenses possam fazer também acho que é de uma frontalidade... Fiz com toda a transparência e clareza e com a certeza de que estou a contribuir ao nível do plenário da Câmara para o debate que se tem de fazer em Guimarães".

Marcações: Executivo vimaranense, PRR, estudo sobre futuro da mobilidade

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