VÍDEO: «Persistência» da equipa do Hospital de Guimarães permite levar cuidados paliativos ao domicílio

O projecto «Paliativos Consigo» foi apresentado publicamente esta quinta-feira, no Hospital da Senhora da Oliveira em Guimarães (HSOG), numa cerimónia em que foi benzido automóvel que vai conduzir os profissionais de saúde nas deslocações à casa dos doentes. 

Financiado pela Fundação ”la Caixa” com o montante anual de 150 mil euros, o projecto representa mais um passo na humanização e na personalização dos cuidados de saúde. A melhoria da qualidade de vida, a defesa da dignidade dos pacientes, evitando-se  re-internamentos quando são bem orientados no domicílio são algumas das vantagens apontadas decorrentes deste esforço do Hospital para corresponder aos apelos da comunidade.

O Presidente do Conselho de Administração do HSOG sublinhou que esta iniciativa "mostra o dinamismo da Instituição na ligação à comunidade". "Procuramos tratar bem e ir ao encontro dos cidadãos que precisam", disse Henrique Capelas, ao destacar que a área de cuidados paliativos "personaliza os cuidados de saúde".

Ao fazer a apresentação do projecto, a Enfermeira-Chefe Ana Luísa Bastos salientou a "persistência" da médica Celeste Gonçalves e da enfermeira Lídia Pinto no sentido de conseguirem "arranjar formas melhores de cuidar dos doentes paliativos". "A sua persistência é responsável pelo projecto", vincou, salientando o contributo da Fundação ”la Caixa” que "acreditou" no propósito da iniciativa e na disponibilidade imediata evidenciada pelo Presidente da Liga dos Amigos do HSOG para arranjar uma viatura e assim resolver "o problema de mobilidade da equipa".

A equipa vai actuar nesta primeira fase nos concelhos de Guimarães e Vizela, mas a ambição é poder vir a abranger a região. Desde Novembro do ano passado, foram efectuadas 84 visitas a doentes em contexto de domicílio.

Para a Vice-Presidente do Município de Guimarães, o projecto traduz-se num avanço que merece ser reconhecido, tendo até utilizado a expressão: "gratidão em nome dos munícipes pela disponibilidade de trabalhar pela melhoria dos cuidados de saúde e assim contribuir para o desenvolvimento do território". "É um projeto que olha para dentro do hospital, mas que não se limita a esse olhar, porque entra em casa dos doentes com uma voz amiga. Faz com que aquele ser humano que precisa de cuidados e a família que o acompanha tenham dignidade e humanidade", frisou Adelina Paula Pinto. 

O responsável da Administração Regional de Saúde do Norte, Carlos Nunes, salientou a visão pioneira das duas equipas existentes em Guimarães e Vila Real.

Nas deslocações, os profissionais contam com um automóvel disponibilizado graças ao empenho da Liga dos Amigos do Hospital. Fernando Alves Pinto assinalou o alcance das ajudas conseguidas, precisando que desde o início da pandemia essas ajudas atingem um valor na ordem de um milhão de euros.

Neste dia especial, numa cerimónia em que a representante da Fundação "la Caixa" participou através de videoconferência, a utente Emília Rosa, acompanhada pelo marido e que visitamos em casa durante uma deslocação da equipa de cuidados paliativos fez questão de também ela aplaudir o reconhecimento daqueles que sentem os problemas e necessidades dos doentes e lutam para os defender.

 

Marcações: Hospital de Guimarães, Programa Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos

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