Prevenção rigorosa na Veiga

Embora não sendo um estabelecimento marcado pelo flagelo da toxicodependência, a Escola Secundária da Veiga procura oferecer aos alunos, professores e funcionários acções de prevenção. Além disso, sempre que é detectado algum comportamento anormal, os serviços de psicologia e orientação são chamados a intervir, sendo ainda responsável pela dinamização de inúmeras actividades. "Temos procurado trazer à escola várias individualidades e aproveitámos todas as oportunidades para esclarecermos a população escolar sobre a problemática das dependências", salienta o Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária da Veiga, ao frisar que o fenómeno "não é descurado e obedece a um controlo rigoroso". Satisfeito por constatar que, sempre que se realizam actividades de prevenção, os estudantes participam com grande entusiasmo. "É curioso verificar que os alunos estão preocupados e revelam uma certa maturidade na abordagem deste assunto, no sentido de satisfazerem as dúvidas", constata Alberto Costa. Dado que as instalações escolares ficam situadas num local isolado, com acessos sinuosos, as abordagens perigosos podem tornar-se mais fáceis junto dos alunos incautos. No entanto, o responsável do estabelecimento de ensino louva a atitude da polícia e a falta de grandes atractivos nas redondezas. "Parece um paradoxo, mas é verdade; às vezes até é preferível uma escola estar inserida num meio como o nosso e 'ser considerada pobre', porque assim estes senhores que vendem a droga não têm um mercado muito produtivo", refere o responsável, ao considerar que esses factores provocam o afastamento. Sem esconder que há vinte anos, a Escola Secundária da Veiga ostentava o "rótulo de ter muita droga", Alberto Costa adverte que nunca "foi feito qualquer levantamento para consubstanciar a ocorrência dessa praga na escola". Assim, no seu entender, "essas afirmações deviam-se ao facto da escola não ter vedação, qualquer pessoa poderia ter acesso às instalações, e por ser considerado um estabelecimento de 'aldeia', o que dava a entender às pessoas que era uma escola de droga, mas nunca o foi!". O Presidente da Escola Secundária da Veiga revela que, actualmente, existem dois ou três casos referenciados no estabelecimento, sobre os quais paira a desconfiança de ligação ao fenómeno da toxicodependência, mas os funcionários "recebem indicações precisas sobre a forma como devem intervir sempre que detectam algum comportamento suspeito no espaço escolar". Por outro lado, o responsável realça a vigilância intensa exercida pelas autoridades policiais, nomeadamente através do projecto Escola Segura, "todos os dias, mais do que uma vez, temos aqui um agente, o que garante uma certa tranquilidade a toda a comunidade escolar". Atenta às dificuldades das vivências dos adolescentes, na Escola Secundária da Veiga existem serviços de apoio psicológico. "Temos uma psicóloga que está a dar apoio aos alunos da Martins Sarmento e alguns da Francisco de Holanda que vêm aí sempre que há disponibilidade de horário", indica Alberto Costa, ao assinalar o "grande trabalho que a responsável pelo serviço presta à comunidade escolar". O responsável enaltece o contributo que a profissional presta ao apoio concedido aos alunos, porque "os estudantes mesmo sem indicação do Conselho Executivo ou da Direcção de Turma procura a ajuda junto dessa técnica porque confiam nos seus conselhos e mostram-se satisfeitos com o apoio prestado".

domingo, 24 março 2002 14:14 em Sociedade

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