Tomás Händel: “Este ano vamos conseguir fazer algo especial”



Protagonista do 11º episódio do podcast DEZANOVE22, Tomás Händel projectou um final de época recheado de sucessos.

“Quero dizer aos vitorianos que não só eu, mas todo o plantel vai continuar a fazer as coisas como temos feito até aqui. Não vou dizer que vamos fazer as coisas de forma diferente porque eu acho que o que temos feito está a ser bem feito. Vamos continuar a trabalhar e a dar o nosso melhor para conseguirmos atingir os nossos objetivos e para conseguirmos fazê-los felizes. Sabemos que, nesta cidade, uma vitória ao fim-de-semana muda a semana de muitos vimaranenses. É impressionante isto e é mesmo verdade. Acho que estamos numa das poucas cidades em que isto acontece. Ganharmos ao fim-de-semana muda a vida de uma família para o bem e para o mal. Quando as coisas não correm bem, nós também sentimos. É o nosso trabalho. E se nós sentirmos a comunhão com os adeptos, sentimos ainda mais quando não corre bem, mas quando corre bem ainda é melhor. Espero que continuem a apoiar-nos e a acreditar porque eu acho que este ano vamos conseguir fazer algo especial. Temos é de acreditar todos, mas acho que vai correr bem”, afirmou o médio vimaranense, numa conversa em que abordou diversos temas.

Tomás Händel começou por recordar que iniciou o percurso no Moreirense. “O meu pai sempre foi um apaixonado por futebol e, assim que conseguiu, pôs-me a jogar ali à beira de casa. Fui jogar para o Moreirense quando tinha quatro anos. Fiquei no Moreirense dos quatro aos nove. No início, comecei como ponta-de-lança. Adorava e era muito forte no jogo de cabeça. Como é que é possível, não é?”. Seguiu-se o salto para o Vitória, o clube do coração. “Nem sei outra coisa sem ser o Vitória. Gostava muito de acabar aqui a carreira. Quem sabe? Era uma história bonita. Eu sou vitoriano, a minha família também é vitoriana. Vou ser sincero, quando eu era mais pequeno e tinha oito, nove, dez anos, a minha família não tinha qualquer ligação ao clube. Eu só comecei a ser um verdadeiro vitoriano a partir do momento em que vim para aqui. Antes não tinha ligações ao Vitória porque a minha família também nunca as teve. A partir do momento em que eu vim para aqui, tanto eu como o meu pai, a minha mãe e toda a gente da minha família converteu-se a este bairrismo. E agora vou ser sempre vitoriano porque me identifico”.

Descendente de uma família com ligações à Áustria, Tomás Händel já foi associado à Seleção daquele país. Algo que não entra nos seus planos. “Sinceramente, acho que não posso jogar pela Seleção austríaca, mas ainda que fosse possível, eu não quero porque não me identifico. Nunca fui à Áustria, por exemplo. Não há ligações. Não sei falar a língua. Só sei dizer o meu nome, mas de resto não sei mais nada”.

Por outro lado, alimenta o sonho de chegar à Seleção A: “Claro que qualquer jogador estaria a mentir se dissesse que não sonha com a chamada à seleção nacional. Se me perguntares se eu acredito, digo-te que acredito, claro que acredito. Se não for eu a acreditar, quem é que vai acreditar por mim? Mas não vivo diariamente a pensar nisso. Acho que pode ser fruto do trabalho que eu possa fazer no clube, no Vitória, e fruto desse trabalho posso conseguir, um dia, lá chegar. Espero que aconteça um dia. Acredito muito em mim”.

Definindo-se como um jogador “muito competitivo”, que “odeia perder”, Tomás Händel falou ainda sobre o plantel do Vitória. “Somos um grupo muito unido. Não sei se as pessoas notam isso, mas eu acho que se nota que somos muito unidos. Acho que tem muito a ver com o facto de nos conhecermos muito bem a todos. Há poucos jogadores que entram de novo, muitos transitaram. Acho que isso tornou tudo mais fácil. Depois tem a ver com a personalidade de cada um. Acho que é muito fácil para um jogador que vem de fora identificar-se e sentir-se bem na nossa equipa. Acho mesmo que isso é muito fácil. (…) Acho que temos tido sucesso este ano e que a nossa caminhada tem sido positiva no campeonato e na Taça [de Portugal]. Acredito que esse sucesso advém muito do que estamos a criar dentro do balneário. Isso é o mais importante para que as coisas corram bem”.


Marcações: Vitória Sport Clube, Tomás Handel

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