Vespa asiática ameaça em Guimarães

Há vários ninhos de vespa asiática em Guimarães. O alerta é deixado por alguns apicultores vimaranenses que já mostraram a sua preocupação à Câmara Municipal e às autoridades competentes.

“Alguns ninhos já foram queimados por iniciativa nossa, com meios próprios”, referiu Hilário Araújo a'O Comércio de Guimarães desta semana, Aquele produtor de mel em Polvoreira, deu conta das repercussões do fenómeno que, em algumas regiões de França tem sido responsável por prejuízos na apicultura e na viticultura. 
“Soube que foi queimado um ninho em Sande S. Lourenço. E eu próprio participei na destruição de um outro na Lameirinho”, acrescentou.


Hilário Araújo sustenta a sua preocupação com o facto do “ciclo biológico da vespa estar a terminar, ou seja, os ninhos estão a preparar a vespa fundadora para o próximo ano. Não sendo destruídos este ou no próximo mês, por cada ninho, para o ano temos 50 novos”. 

Os apicultores são aqueles que estão a sentir primeiro o problema, “mas ele vai ser muito mais grave”, salientou, alertando que está a decorrer a época de vindimas ”e pode haver algum desastre”. “Ainda há várias vinhas sustentadas em choupos. Se alguma pessoa colocar um escadote numa árvore com um ninho poderá haver um desastre. Elas não são perigosas desde que ninguém se aproxime a cinco metros. Depois disso, atacam em grupo e neste momento cada ninho tem mais de cinco mil vespas”, salientou, frisando: “o veneno delas é mais potente e uma picada pode ser mortífera”. 

Este apicultor adiantou que a multiplicação das vespas velutinas, também conhecida por vespa asiática, está associada à morte de muitas abelhas, causando ainda prejuízos para a viticultura e produção de fruta porque “sem abelhas não há polinização”.

Confrontada a preocupação manifestada pelos apicultores, a Câmara de Guimarães informou que o assunto já foi abordado na última reunião do Conselho Municipal de Segurança, estando a “aguardar instruções da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, pois ainda não existe qualquer orientação da parte do Governo em relação a esta matéria”.  “Estão a ser diligenciados esforços para a aquisição de equipamentos de protecção individual para os operadores e o respectivo equipamento de combate à eliminação de ninhos, auscultando algumas empresas, dado que a segurança dos nossos munícipes tem de ser sempre garantida”, acrescentou o Município, em resposta ao nosso jornal.


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