Bacias de retenção de Guimarães registaram 87 ciclos de enchimento e esvaziamento

Desde que entraram em funcionamento as bacias de retenção na zona das Hortas e no Parque da Cidade, mais de dois milhões de metros cúbicos de água foram regulados. A informação é divulgada em comunicado pela Câmara de Guimarães, volvidos dez meses desde a entrada em funcionamento deste sistema de prevenção de cheias em meio urbano.

Na informação enviada à comunicação social, a Autarquia indica que "a análise do valor de 2.214.000m3 de água refere-se ao período entre 1 de Maio de 2015 e 17 de Fevereiro de 2016, correspondendo ao enchimento de cerca de 2 mil 800 piscinas convencionais, com 25 metros de comprimento". "Neste período, houve o equivalente a 87 ciclos de enchimento e esvaziamento das bacias de retenção", precisa.

"Só nos primeiros 48 dias de 2016, desde o início deste ano até 17 de fevereiro, choveu mais de metade do que nos últimos oito meses do ano passado. Entre maio e dezembro de 2015, passaram pelas bacias de retenção de Guimarães 1 milhão e 320 mil metros cúbicos de água, enquanto em 2016, em apenas um mês e meio, foram contabilizados 894 mil metros cúbicos de água", acrescenta o comunicado.

"Até ao momento, o dia de maior carga aconteceu a 15 Setembro de 2015, com 196 mil metros cúbicos equivalentes a sete ciclos de enchimento e esvaziamento, sendo a capacidade total das três bacias de 25 mil e 500 metros cúbicos. Por sua vez, janeiro de 2016 foi o mês com maior atividade, com um total de 558 mil metros cúbicos de água, equivalentes a 16 ciclos", refere a Autarquia.

O recurso à engenharia natural na construção das bacias teve como principal objetivo o melhoramento e a manutenção da função hidráulica da Ribeira da Costa, constituindo uma solução para evitar cheias com a criação de três bacias de retenção, com a função de redução do caudal e velocidade das águas da Ribeira de Couros, diminuindo, desta forma, a possibilidade de inundações da zona baixa da cidade.

Com esta obra, a Câmara Municipal de Guimarães privilegiou a preservação e valorização de espaços verdes, que se encontram enquadrados na cidade, favorecendo a sustentabilidade e a biodiversidade do sistema natural, criando corredores ecológicos fluviais, além de aumentar o grau de utilização pública destas áreas naturais, criando lugares de interface entre as vivências sociais e os espaços ribeirinhos.
 

Marcações: Ambiente

Imprimir Email