Taça da Liga: CJ não decide recursos do Belenenses antes de segunda-feira

Um segundo recurso do Belenenses impede o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol de se pronunciar antes de segunda-feira sobre a contestação do clube lisboeta à exclusão da Taça da Liga em vez do Vitória. Fonte conhecedora do processo disse à Agência Lusa que o Belenenses entregou um segundo recurso dois dias depois do primeiro, o que terá atrasado a marcação da reunião do Conselho de Justiça, uma vez que houve necessidade de distribuir o processo a outro relator e proceder a novas diligências, devendo os conselheiros pronunciar-se sobre ambos na mesma reunião.
Por outro lado, uma fonte do clube revelou há Lusa que no primeiro, admitido no Conselho de Justiça a 23 de Janeiro, o recorrido é o Vitória, e no segundo é a Comissão Executiva da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, na pessoa da directora executiva, Andreia Couto, que o Belenenses responsabiliza por aquilo que considera o erro na classificação, bem como pela posterior realização do sorteio quando já tinha conhecimento da impugnação entregue pelo clube.
O que motivou o segundo recurso do Belenenses foi o facto de os regulamentos da FIFA expressarem que têm de ser os dirigentes a responder pela execução dos regulamentos dos respectivos organismos.
Marcada para quarta-feira, 4 de Fevereiro, tal como o Sporting-FC Porto, a meia-final que opõe o Benfica ao Vitória está suspensa até que o Conselho de Justiça tome uma decisão, mas fonte da Liga disse à Lusa que o jogo pode realizar-se na data prevista desde que o órgão da Federação Portuguesa de Futebol se pronuncie até ao dia anterior.
Horas antes do início do sorteio das meias-finais da Taça da Liga, a 20 de Janeiro, o Belenenses entregou recurso na Liga Portuguesa de Futebol Profissional, fundamentando-se no regulamento da prova para contestar o seu afastamento em favor do Vitória, na qualidade de melhor segundo classificado da fase de grupos, ganhos por Benfica, Sporting e FC Porto.
O critério definido como primeira fórmula de desempate é o "goal-average", que o Belenenses considera ser superior ao do Vitória: "dois, fruto de dois golos marcados a dividir por um sofrido", contra "1,5, fruto de três golos marcados a dividir por dois sofridos".
A Liga rejeita a noção defendida pelos "azuis" de "quociente entre golos marcados e sofridos", argumentando que a "expressão goal-average reporta-se à diferença entre golos marcados e sofridos", o que "corresponde ao entendimento comum na linguagem corrente do futebol".
Por outro lado, a Liga entende que, caso seja dada razão ao Belenenses, os "azuis" devem ser considerados como adversários do Benfica, não havendo lugar há realização de outro sorteio.

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