PSP rejeita acusações do presidente do Vitória

A Polícia de Segurança Pública (PSP) revelou que, apesar de não ter havido requisição de policiamento para o Vitória B - Braga B, da Segunda Liga, destacou elementos para o estádio.
Em comunicado, a PSP respondeu às críticas de Júlio Mendes, que acusou a força policial de ter sido conivente com os desacatos verificados no jogo e que foi interrompido aos oito minutos depois de graves confrontos entre adeptos dos dois clubes nas bancadas.

“Face aos indicadores de risco existentes, e apesar de não ter havido requisição de policiamento, a PSP local destacou alguns elementos para o interior do recinto. Este procedimento revelou-se oportuno e ajustado face aos episódios registados, porquanto possibilitou uma adequada análise e avaliação dos incidentes e contribuiu para uma melhor intervenção de forças da Unidade Especial de Polícia – Corpo de Intervenção (UEP-CI), que entretanto foram accionadas, por iniciativa da PSP, para o interior do estádio”, esclarece a nota.

A PSP recorre à legislação em vigor para negar as alegações de Júlio Mendes, que defendeu que o Vitória terá caído numa “armadilha”, que teve o envolvimento da força de segurança, e recordou que pauta a sua actuação por “critérios de legalidade”.

De acordo com a lei, “cabe ao comando das forças policiais territorialmente competente determinar o número de efectivos a destacar para o policiamento de cada espectáculo desportivo” e não aos clubes, como sugeriu o presidente vimaranense, podendo a existência de “factores de risco acrescido” obrigar “ao empenhamento de recursos policiais superiores ao ratio de referência”.

Para o jogo de 24 de Fevereiro, “não obstante a efectiva ausência de “requisição de policiamento”, o comando local da PSP intensificou o seu dispositivo de segurança para a cidade e imediações do estádio, “inclusive com o reforço da UEP-CI”.

A entidade recorda ainda que o dispositivo policial destacado assegurou “a segurança, ordem e tranquilidade públicas no exterior do recinto desportivo” e que os meios empenhados dentro do estádio “sanaram os conflitos verificados e actuaram dentro das regras legais em vigor”.

A PSP conclui o comunicado referindo que está a proceder “às necessárias averiguações”, cujas conclusões serão comunicadas “às entidades competentes”.

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