Triunfo merecido do Vitória sobre o Belenenses (1-0)

Irrepreensível. Independentemente de não ter feito uma exibição deslumbrante - longe disso - o Vitória ganhou merecidamente o encontro face ao Belenenses, por 1-0. A equipa de Inácio foi a única que procurou os caminhos que a levassem à conquista dos três pontos, frente a um adversário que desiludiu do ponto de vista ofensivo, criando apenas uma excepção ditada pelo excelente remate de Ludemar aos 85(!) minutos, de que resultou a defesa mais espectacular da noite por Palatsi. O resto, foi feito de uma ténue tentativa de resposta contra-ofensiva, uma vez que o Vitória cedo pegou no jogo, assumindo para si as despesas atacantes.
E ainda que por norma tenha denotado dificuldades de penetração na bem escalonada e preenchida defensiva ‘azul’, a equipa vitoriana poderia ter feito o golo logo aos 6 minutos, quando um bom trabalho individual de Nuno Assis viu a bola embater no poste esquerdo de Marco Aurélio.
Pouco depois, Inácio era obrigado a proceder à primeira substituição forçada, quando Fangueiro não recuperou de uma lesão e foi rendido por Rafael. Em termos tácticos, o Vitória perdeu equilíbrio, uma vez que o brasileiro não conseguiu nunca adaptar-se ao flanco direito ou, então, à posição de ponta-de-lança falso.
Aos 27 minutos, foi o Vitória que esteve de novo na iminência de marcar. A jogada de entendimento foi brilhante e só pecou pelo facto de Romeu não ter conseguido cabecear para a baliza.
O segundo tempo começou com um Vitória determinado e dinâmico, efectuando três remates em dois minutos. Depois, nova substituição forçada com Rafael lesionado a ser substituído por aquele que, afinal, viria a ser o homem do jogo. Guga entrou e aos 68 minutos emendou de cabeça um primeiro remate defeituoso de Djurdjevic. Prémio merecido para a equipa mais empreendedora do ponto de vista ofensivo. Prémio também para o cruzamento de Abel, outro suplente que havia de evidenciar-se pela sua astúcia ofensiva.
Daí até final, para além, finalmente, de uma tentativa mais visível do Belenenses evitar a derrota (com as entradas de Neca e Loló), pouco mais havia o jogo de acrescentar, a não ser a enunciada jogada em que Ludemar proporcionou uma defesa ‘assombrosa’ a Palatsi. Mantinha-se a vantagem mínima. Mantinha-se a justiça, uma vez que o Vitória fez o suficiente por merecer o triunfo que lhe garante a continuidade no quarto lugar e a vantagem de três pontos para o Gil Vicente, claramente o único adversário que parece ter algumas condições de rivalizar consigo por esse posto.
Mário Mendes cometeu pequenos erros mas não comprometeu exageradamente.

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