Rui Vitória: «Ambição do 4º lugar mantém-se, mas o Vitória já garantiu apuramento para a Liga Europa»

Rui Vitória voltou a colocar o Vitória na corrida pelo 4º lugar, após mais um desaire do Sp. Braga, ao mesmo tempo que destacou que o objectivo desportivo da época, o regresso à Liga Europa, já foi alcançado.

Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Nacional da Madeira, que se disputa esta segunda-feira, o treinador vitoriano abordou detalhadamente a campamha da equipa nesta época... e nos últimos três anos. Falou sobre diversos temas, entre outras coisas sobre o seu futuro em Guimarães.

O Vitória ainda pode atacar o 4º lugar?
“O nosso discurso é de ambição, de querer chegar o mais longe possível e apanhar o adversário que está mais acima, seja ele quem for. Não interessa acontecer coisas menos boas aos outros se nós não fizermos o nosso trabalho. A ambição de querer chegar mais próximo do 4º lugar mantém-se, esse sempre foi o meu discurso.
Quero que fique bem claro o seguinte. O Vitória quer fazer melhor, mas um dos nossos propósitos, o apuramento para as competições europeias, é um facto. Independentemente do desfecho que venha a ter este campeonato, é um desempenho fantástico da minha equipa. Sou o porta voz de muita gente, que merece o reconhecimento. Ainda não acabou o campeonato, mas matematicamente já conseguimos um dos nossos propósitos. Isso é de realçar. 
Ao longo destes três anos em que mudamos o paradigma do futebol profissional do Vitória temos dados justificáveis de realce. Conquistamos uma Taça de Portugal e o acesso, por duas vezes, à Liga Europa. Este clube lançou mais de 30 jogadores em três épocas. O clube teve retorno financeiro em 10 jogadores, juntamente com isso conseguimos reduzir consideravelmente o nosso orçamento, libertando alguns jogadores com mais peso. Não quero que passe em claro que se não ficarmos em 4º, é essa meta que queremos, que seja visto como um mau desempenho. Todas as pessoas merecem ser reconhecidas pelo trabalho que têm desenvolvido, juntamente com uma direcção que teve um trabalho fantástico. Este clube é exemplar.

O que se pode esperar do jogo com o Nacional?
“É um jogo difícil, com uma equipa que tem aspirações europeias. O Nacional teve a capacidade de se reforçar em Janeiro e melhorar o seu desempenho. Vamos à Choupana a a respeitar o adversário, mas sabendo que temos o nosso valore vamos lá para conquistar a nossa caminhada com mais três pontos.

Depois, chega o jogo com o Benfica, que será apelidado de jogo do título?
“A mensagem é clara. Já ganhamos a equipas mais poderosas que nós jogando em condições mais adversas. Vencemos o Braga na Taça com uma equipa com vários jogadores dos B. Para a semana, depois do jogo com o Nacional, os jogadores vão ter de estar mobilizados para esse desafio. Mas, quem pensar nesse jogo antes deste está no caminho errado. Importante para a nossa caminhada é o jogo com o Nacional.

Será possível manter a base desta equipa para a próxima época ?
Em três anos introduzimos mais 30 jogadores novos na primeira equipa, isso significa que há rotação constante. Muitas vezes não é por opção. Felizmente para o meu crescimento tem sido fundamental este trabalho. É um trabalho muito difícil, porque não nos deixa ter estabilidade. Para o ano não haverá essa continuidade, é provável que mais alguém saia, os nossos jogadores, pelo valor que têm, podem sair. Só no defeso depois podemos perceber com quem podemos contar. O trabalho que está a ser feito na equipa B e na formação permite-nos trazer cada vez mais jogadores para a equipa principal, com mais segurança. A qualidade está a aparecer de uma forma mais vincada. Ir buscar jogadores à equipa B vai ser um processo mais natural. A alternância das equipas e a pouca estabilidade é um cenário que o Vitória não vai conseguir mudar, a entrada e saída de jogadores é uma constante e vai continuar a ser.

A entrada na Liga Europa obriga a uma entrada mais cedo na pré-época?
Implica pequenos reajustes ao planeamento e à constituição do grupo. Hoje em dia os planteis nunca estão constituídos antes da época começar. O importante é focar nos três jogos que faltam cumprir, há nove pontos para conquistar.

Na semana em que se falou do interesse do PAOK, Júlio Mendes disse que está muito feliz em Guimarães. Tem mais dois anos de contrato, não se pode colocar em questão a sua continuidade?
Tenho mais dois anos de contrato… sobre isso ponto final. É como os jogadores, quando têm contrato, depois tem de haver o acordo de muita gente. O que o presidente disse é uma realidade, porque identifiquei-me muito com este clube, que ficará marcado na minha memória. Tenho dois anos de contrato, quando renovei estava consciente do que estava a fazer. Mas, o futuro… nunca sabemos, e houver aqui alguém que… nunca sabemos.


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