Assembleia Geral do Vitória - Contas aprovadas por maioria

 
17h17 - Concluída a Assembleia Geral, Roriz Mendes dirigiu-se à mesa da Direcção e dirigiu-se a Júlio Mendes.

17h07 – Última intervenção de Júlio Mendes:

“Perguntaram como acompanhávamos aumento de 20 milhões de euros no capital da SAD. Isso era o projecto da Lista A. É isso que não podemos fazer. O projecto que apresentamos tem uma base diferente.

“Intervenção na AG da SAD não podia acontecer na AGE anterior, porque decorrer da intervenção das declarações do sócio Daniel Rodrigues na Assembleia Geral Extraordinária. A minha posição não carece de deliberação, sou eu que represento o Vutŕoia, Não há desunião na Direcção, os meus colegas estão a par de tudo o que se passa. O sócio Daniel Rodrigues ocupa o cargo de Presidente da AG da SAD, por indicação do clube. Em função do que foi aqui declarado pelo sócio entendemos que não reúne mais condições de lealdade para com aqueles que o escolheram.

“A questão da nossa Academia. Sugeria que lessem as declarações. Nunca fiz tenção de alienar património, não estou a pensar em vender a Academia. Este assunto tem complexidade tal que não pode ser decidido por um Presidente, carece de validação em AG. Lancei a ideia, coloquei à discussão, surtiu efeito. Como queremos ser daqui a cinco anos. Apresentamos solução de segundo polo da Academia, a Câmara assumiu esse compromisso. Mas, que mal vem ao mundo em estarmos constantemente em colocar as coisas em causa. Não há aqui investimentos mal feitos. Não podíamos estar a competir ao mais alto nível, sem fazermos os investimentos que fizemos. Eu só pedi que reflectíssemos, cada um terá a sua opinião, as coisas evoluem. Não vejo problema que o Vitória se questione. Não tenho poderes para vender o património do Vitória, mas tenho obrigação de projectar o futuro, para podermos reflectir sobre isso.

Ando aqui há muitos ano, há momentos em que nos exaltamos. Se me exaltei ou excedi, peço a todos, a ninguém em particular, peço desculpa.”

17h. - Armando Marques na resposta aos sócios: “Aqui não há imposição de jogadores emprestados terem de actuar. Aqui, cada um tem a sua função, dirigente para dirigir, treinador para treinar. Ninguém interfere no trabalho dos técnicos.

O sócio Rodrigo Freitas disse que era contra as modalidades no clube. Aqui, no clube, substituímo-nos ao Estado com muito trabalho. Queremos continuar a apostar nas modalidades, porque isso traz benefícios ao futebol. Há muita gente que se torna vitoriana porque os filhos representam o clube nas modalidades. Muita gente pode dizer que somos irrealistas, que somos sonhadores, mas sonho com o dia de sermos campeões. Não acho que tenhamos uma equipa mediana. Se assim fosse, não ganharíamos os jogos que ganhamos esta época. Alguns jogos não foi possível ganhar porque outras equipas se levantaram. Temos uma equipa com muita qualidade, muito bem orientada, que nos vai trazer alegrias.”

16h58 - Pedro Coelho e Lima na resposta aos sócios: “Limpeza não tem nada a ver com a Selecção, agora será em todos os dias de jogos.”

Francisco Príncipe na resposta aos sócios: “A penhora, sendo automática, estando datada de Maio de 2017, o fecho das contas aconteceu em Junho de 2017. O Vitória ainda não tinha sido notificado pela AT, por isso não colocou nesse relatório.

16h52 - Pedro Filipe Rodrigues (sócio n.º 4.405): “O presidente da MAG deve pensar se deve permitir a resposta dos sócios. Já não é a primeira vez que o senhor presidente Júlio Mendes se exalta a responder aos associados, acho que se devia regrar um pouco. A minha dúvida sobre a limpeza das cadeiras do Estádio prende-se com o jogo da Selecção, ou é a pensar nos sócios?”

16h46 - Luís Mário Oliveira (sócio n.º 7.797): “Na última AG da SAD, o senhor presidente surpreendeu todos com a leitura de uma comunicação, que não foi perceptível. Apenas ficou a ideia de que desejava a demissão de Daniel Rodrigues. Esta posição foi objecto de discussão no seio da Direcção, ou é posição do presidente da Direcção?

Será que todo o investimento no património do Vitória, não sei que percentagem cabe a este complexo, se justificar uma vez que se pretende alienar este património. Espero que a Câmara não permita essa alienação.”

16h45 - Rodrigo Freitas (sócio n.º 4.090): “O senhor presidente anda a dar tiros para o ar. Devia era estar focado em preparar uma equipa competitiva. Temos um plantel mediano, quero saber onde estão os milhões da TV. Guimarães é uma cidade pequena para ter um clube como o nosso, com diversas modalidades. Deixe para outros clubes e Autarquia a responsabilidade de ter mais modalidades, não precisamos de mais infra-estruturas.”

16h40 - José António Teixeira Freitas (sócio n.º 1.052). Abordou a discussão em torno do investimento na SAD. Questionou ideia lançado por Júlio Mendes de vender terrenos da actual Academia para construir uma nova, noutro local. Disse que a “Câmara não devia aprovar esse PDM, a construção nestes locais não devia ser aprovada. Revolta-me que alguém pense em construir ali.”

16h36 – Nova intervenção de João Luís Marques (n.º 4.790). “Não é a primeira vez que dão a possibilidade de defesa de honra a uns sócios e não a outros, a mim não me foi permitido. O que estava a querer questionar é a razão da penhora não constar no relatório e contas da época 2016/2017. Esse processo judicial remonta a Maio de 2017. Sei as razões das dívidas e que estão a ser pagas, mas não responderam ao que perguntei.”

16h34 - António Ribeiro (n.º 10.044) quis dar “voto de louvor ao trabalho da Direcção na constituição no plantel. Estou de acordo que nos tiraram cinco pontos. O Sp. Braga não deve ser problema para nós, temos de olhar para cima. É louvável a posição de falar de seis em seis jornadas sobre as arbitragens.”

16h31 - Domingos Cunha Maciel (sócio n.º 1.633). Revelou que não votou em Júlio Mendes nas últimas eleições, mas apelou à união.

16h30 - Seguem-se os 30 minutos para discussão de outros assuntos de interesse do clube.

16h27 – Votação do relatório e contas da época 2017/2018. Aprovado por maioria, com cerca de duas dezenas de votos contra e cerca de quatro dezenas de abstenções.

16h25 – Eduardo Leite também respondeu às intervenções dos sócios, explicando as razões do parecer favorável às contas.

16h22 - Roriz Mendes voltou a intervir para “defesa da honra”: “É verdade que me convidou para a Direcção e eu aceitei. A minha coerência é total, o senhor tinha um projecto SAD que eu não apoiava. Só me junto a quem quero. Servi o Vitória em eleições contra ditadores, se for preciso servirei outra vez. O senhor fez continuidade ao trabalho dos anteriores, que fizeram a dívida que o senhor herdou. Em Guimarães toda a gente me conhece. Sou sócio há 52 anos, não entrei para ser dirigente.”

16h21 – Júlio Mendes interveio para responder aos sócios e esclarecer “dúvidas e lapsos.”
“Há um lapso na morada da sede, que os serviços vão corrigir.”
“O senhor Manuel Gerardo Mendes fala a destempo. Perdeu legitimidade para falar quando o convidei para fazer parte de uma Direcção e não se mostrou disponível. Está desactualizado. Quer sol na eira e chuva no nabal. Demonstramos resultados do nosso trabalho. Nós abrimos capital aos sócios por duas vezes, e qual foi a subscrição que fizeram. O senhor fez alguma? O senhor podia ser o sócio maioritário e não é. não tem moral, está afazer intervenções populistas. O senhor sofre de um problema de complexo de inferioridade, não não queremos nos comparar com o Sp. Braga, queremos ser campeões, c*****.
“Relativamente a penhoras está tudo muito claro nos documentos. Essas penhoras não as controlamos. Há penhoras da Autoridade Tributária, que não dependem da nossa vontade. Temos penhoras porque desde 2011 o Vitória não entregava IVA ao Estado das piscinas e julgava que estava a proceder bem. Mal fomos notificados começamos a liquidar IVA, mas impugnamos as ações. Uma delas já ganhamos e a AT recorreu. Dois dos anos em causa já estão pagos e se ganharmos a causa os valores serão devolvidos. Não há nada oculto, está tudo claro.”

16h12 - João Luís Marques (sócio n.º 4.790), questionou penhora sobre o Estádio que data de Maio de 2017. “O porquê de essa penhora não está no relatório e contas da época 2016/2017, ou se foi ocultada ao Conselho Fiscal ou aos sócios. Não consigo votar a favor deste orçamento.”

16h10 – Roriz Mendes (sócio n.º 281), fez reparos ao discurso dos elementos da Direcção. “Os dirigentes são profissionalizados e devem fazer o melhor para o Vitória. Os dirigentes que estiveram antes, com muitas mais dificuldades, levantaram o clube para vocês poderem estar aí. Esta comunicação de queixume, senhor presidente, não lhe fica bem, porque depois mistura com uma ambição desmesurada. O futebol é nosso, não é de nenhuma SAD, é do Vitória. Abram o capital aos sócios. Digam ao que vêm, não escondam as coisas aos sócios. O que nos interessa nas contas é que o passivo da SAD é de 23 milhões de euros. Nós somos campeões todos os anos se ficarmos à frente do Sp. Braga. Está na hora de rever o protocolo com a SAD.”

16h. - O associado Luís Mário Oliveira (n.º 7.797) levantou uma questão sobre a morada da sede social do clube.

15h59 - É aberto o período para a discussão do relatório e contas, com a inscrição de três sócios.


15h57 - Depois de ler o parecer, Eduardo Leite acrescentou: “A consistência dos resultados económico-financeiros do Clube e a robustez dos indicadores e rácios associados à atividade, permite aumentar a resiliência estrutural da sua exploração a fatores de carácter excecional com impactos significativos na deterioração das mesmas. Possibilitam também consubstanciar fundos financeiros para um maior investimento nas modalidades, mas não sem antes se alterar os princípios gestionários das modalidades que permitam uma maior responsabilização na obtenção de receitas e maior participação por parte das secções na concretização do orçamento. Face ao exposto, o Conselho Fiscal considera que o relatório e contas de 2017/2018 representa fielmente a situação financeira e patrimonial do Vitória Sport Clube como, do ponto de vista dos resultados obtidos, sustentam para o futuro uma superior aposta no ADN desportivo do Clube consubstanciado em mais e melhores modalidades. Assim sendo, o Conselho Fiscal não tem qualquer dúvida em, por unanimidade, dar um parecer deveras favorável à sua aprovação.”


15h46 – Eduardo Leite, presidente do Conselho Fiscal, apresenta o parecer daquele Órgão. “Este é o primeiro exercício económico-financeiro que o atual Conselho Fiscal emite parecer, no quadro do novo mandato de três anos a que foram sufragados os órgãos sociais do Vitória Sport Clube. Estamos, pois, a exercer o nosso poder de supervisão e auditoria sobre aquele que se constituirá como o marco de partida para o próximo triénio.

No 3º ponto do nosso parecer do último Relatório e Contas referimos, e passamos a citar: “A dupla confluência entre a redução do passivo e a melhoria dos indicadores de liquidez sustentam o maior pilar deste triénio: o cumprimento do plano estruturado de pagamentos às entidades bancárias e ao estado. O fundamental desta política foi a confiança e a credibilidade com que todas as entidades que se relacionam com o Clube agora sustentam. Esta será a maior e melhor herança que a próxima Direção terá no seu ativo e que interessa preservar.” Pleno de atualidade para o triénio que se avizinha, julga este Conselho Fiscal essencial introduzir um novo pilar ao acima referido: o pilar da coesão interna, do respeito pela pluralidade associativa e pelo princípio da estabilidade gestionária. Estamos certos de que todos sem exceção compreenderão o que está em causa e que assim se fará, mais uma vez, história.”

15h41 - “O investimento da SAD no património do clube já é de quatro milhões de euros”, disse Pedro Coelho Lima, elencando o que deve ser feito: “O assunto das cadeiras é muito sensível, temos estado a fazer um estudo sobre isso. Já introduzimos melhorias no serviço de limpeza para que no próximo jogo não haja queixas por parte dos sócios. Queremos a substituição integral das cadeiras, por cadeiras rebatíveis, o que facilitará a sua limpeza e a mobilidade. Desde a substituição da cobertura da bancada topo norte temos assistido ao aumento do número de aves a nidificar naquele local, mas estamos a trabalhar com a UTAD de forma a erradicar esse problema.”


15h38 – O vice-presidente com o pelouro das modalidades, Pedro Coelho Lima, apresentou o balanço do trajecto desportivo das equipas na época passada. Explicou a descida da equipa sénior de voleibol, destacando o apoio da Direcção para a sua continuidade na 1.ª Divisão.


15h37 - “O trajecto que tem sido percorrido é o que interessa ao clube e à SAD. Nas próximas quatro épocas estimamos que o passivo baixe quatro milhões de euros, um milhão por ano, podendo depois o Vitória canalizar os seu recursos para outras situações. Este trajaceto de sustentabilidade será o garante do futuro do clube”, terminou Francisco Príncipe.

15h32 – “O capital próprio mantém-se estável”, sustentou Francisco Príncipe, revelando ser de “cerca de 26 milhões de euros.” “O plano financeiro está a ser cumprido. As dívidas estão a ser reduzidas gradualmente, ao nível do que está estipulado. O valor do passivo era de 8 milhões e 863 mil euros no fecho das contas.”

15h27 - O Vitória tem 19 mil sócios pagantes, que rendem anualmente cerca de 2.1 milhões de euros. “O crescimento orgulha esta Direcção, premeia o seu trabalho”, disse Francisco Príncipe.

15h25 - Francisco Príncipe revelou que a quota modalidades rendeu 156 mil euros no último exercício. “O maior valor angariado neste quadro. Ainda assim, a Direcção do Vitória tem de recorrer a receitas de outra natureza para suprir o défice de exploração das modalidades.

15h22 – Estão cerca 200 associados na Assembleia Geral, acompanham com atenção as explicações exaustivas de Francisco Príncipe.

15h12 – O vice presidente com o pelouro das finanças, Francisco Príncipe, iniciou a apresentação das contas dos exercício da época 2017/2018. “O relatório e contas reflecte o crivo traçado pela Direcção, mas também o empenho dos colaboradores”, disse. "É importante que os sócios percebam que é a SAD que sustenta o investimento no património do clube. No D. Afonso Henriques e a Academia foram realizadas intervenções importantes, com a colocação de dois novos relvados. Esta intervenção custou cerca de 600 mil euros aos cofres na SAD. Também se verificaram investimentos no edifício principal da Academia, na ordem dos 250 mil euros. Também começaram os preparativos para a construção da nova residência para os atletas de formação. O Estádio D. Afonso Henriques foi alvo de fortes investimentos, com o novo relvado, assim como a adaptação da cobertura da zona sul. Foram gastos cerca de 600 mil euros. Mas, o Vitória também tem sido capaz de garantir fontes de ceitas importantes através do seu património. O valor da renda do posto de abastecimento já são do Vitória, esperamos ter ganhos extras com o aumento do posto.

Pela primeira vez, estes espaços (Estádio e Academia) começaram a pagar IMI, foram 58 mil euros. Se a estes valores somarmos os alugueres de infira-estruturas da Câmara isso comsome quase na totalidade o valor que nos é atribuído.
O Vitória apela à Autarquia que nos ajude no esforço da criação de infra-estruturas para os jovens. Este cenário real é a maior desvantagem competitiva para os seus adversários actuais. A autarquia tem de perceber isso."

15h04 - Na sua primeira intervenção, focada na discussão das do último ano desportivo, Júlio Mendes quis referir “duas ou três marcas importantes”. “Mais uma vez, os sócios vão poder testemunhar que o Vitória está num caminho de crescimento, é hoje uma entidade credível, recuperou a sua credibilidade na praça, fruto do trabalho que tem sido elaborado por quem integra os Órgãos Sociais, mas também do contributo dos vitorianos que têm dado o apoio que precisamos. Vão poder constatar, pelo quinto ano consecutivo, que existe um enorme rigor orçamental. O que submetemos para aprovação tem sido cumprido com rigor. Temos sido capazes de ultrapassar as marcas que estabelecemos. Temos feito investimento no crescimento das modalidades amadoras. O contributo que temos recebido do erário público temos gasto cerca de metade no pagamento do IMI, que agora começamos a pagar. O Vitória tem vindo a reduzir a dúvida que herdamos em 2012, foi mais um milhão de euros. O plano que traçamos há um ano está a ser cumprido na íntegra. Julgo que em 2022, este clube não precisará mais de lançar mais mão dos créditos que tem na SAD para pagar dividas do passado. A dívida não está paga, mas está reestruturada e não constitui preocupação para nós.”


15h02 –
Assembleia Geral começou com o presidente da MAG, Isidro Lobo, a garantir a aprovação da dispensa da leitura da acta da última Assembleia, bem como a sua aprovação.


O Vitória reúne em Assembleia Geral, esta tarde, com três pontos na ordem de trabalhos. O mais importante prende-se com a apreciação, discussão e votação do relatório e contas da Direcção, referente à época 2017/2018, e o respectivo parecer do Conselho Fiscal.

A Assembleia conta ainda com mais dois pontos na ordem de trabalhos: a leitura e aprovação da acta da Assembleia Geral realizada no passado dia 8 de Setembro e ainda 30 minutos para discutir assuntos do interesse do clube.

O Vitória apresenta no relatório e contas um lucro de 300 mil euros e um passivo de 8,9 milhões no final da temporada 2017/18. O documento revela que o clube atingiu um saldo positivo de 1,3 milhões entre rendimentos e gastos, depois reduzido com encargos como juros e impostos.

O passivo do clube caiu dos 9,9 milhões para os 8,9 milhões de euros ao longo da época passada, graças à redução de 500.000 euros na rubrica Financiamentos Obtidos, que respeita à dívida bancária, e de uma outra tanta quantia nos pagamentos ao Estado.


Marcações: Vitória Sport Clube, Assembleia Geral

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