Rui Machado: "SAD é ferramenta necessária para o Pevidém"



O presidente do Pevidém, Rui Machado, elencou aqueles que são os principais objectivos que pretende alcançar no próximo mandato. Um mandato que “não vai ser de continuidade". Nesse sentido, recorde-se, anunciou a intenção de criar uma SAD “com capital subscrito por gente da terra”, sendo que a blindagem do património do clube será sempre uma certeza. Sendo certo que pretende que este objectivo seja executado o mais rapidamente possível, o dirigente garante que serão feitas sessões de esclarecimento para que o universo associativo do Pevidém possa decidir aquilo que entende ser o melhor para o futuro do clube.

O grande desígnio do novo mandato que agora inicia é a constituição de uma SAD?: "Não diria que é o grande desígnio, mas antes uma ferramenta necessária para conseguirmos ir mais além. Se os sócios entenderem que não é assim, teremos que concordar porque percebemos que há muitos maus exemplos que têm grassado em Portugal. Eles é que mandam no clube e seria uma decisão legítima, mas a SAD permite fazer do futebol aquilo que ele é hoje: um negócio. As associações também podem fazer contratos profissionais, transferir jogadores e ter uma actividade paralela ao que é o futebol, mas os atletas e os empresários, quando os abordamos, torcem o nariz quando se trata de associações porque elas estão sujeitas à vontade dos sócios e de um dia para o outro qualquer iniciativa que eu tomasse podia ser anulada com a convocação de uma Assembleia Geral que me destituísse".

Uma maior alavancagem competitiva depende desta decisão?: "Depende, mas o fim não é só a parte competitiva, mas também a económica, porque só assim teremos capacidade para gerar receitas e ir mais além. Por exemplo, quando falamos de obras dependemos 100% da Câmara Municipal de Guimarães, porque o clube não gera receita para a sua exploração normal, quanto mais para estar a constituir património. Se tivermos aqui um modelo de negócio e ele for bem sucedido, poderemos ficar menos dependentes".

Será uma SAD com algumas condicionantes?: "Acredito que a vontade dos pevidenses será soberana. Se constituirmos uma SAD com o capital social mínimo exigido, não irá ser difícil realizá-lo com gente da Vila. Em vez de todos os anos irmos bater à porta das empresas pedir-lhes que nos dêem dinheiro, vamos pedir que invistam. Um dia mais tarde poderão até lucrar com esse investimento".

Sempre com a premissa de que o património é intocável?: "Sempre. De resto, o direito de superfície não pode ser dado como penhor. Da mesma forma, todo o património que o clube venha a ter no futuro nunca estará adstrito à SAD que terá apenas passes de jogadores".

Prevê colocar esta ideia à consideração dos sócios nesta primeira fase do mandato?: "O mais rapidamente possível. Imaginemos que o Pevidém sobe à 2ª Liga, que é um cenário possível. Aí terei de perguntar aos sócios se vamos participar e, no mínimo, teríamos de formar uma SDUQ".

A formação não seria integrada na SAD?: "Poderíamos ter dois tipos de formação, sendo uma virada para a competição, com atletas que escolheríamos dentro da política de proximidade de apostar nos jovens atletas portugueses da nossa zona. Queremos ser um clube de segunda linha com a referência de fazer bem. Nos últimos três anos adoptámos o lema “Pevidém faz bem”, agora queremos que seja “Pevidém faz melhor”. Isto sem ter sonhos desmedidos, mas o céu é o limite".


Marcações: Campeonato de Portugal, Pevidém Sport Clube, Rui Machado

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