Vítor Magalhães foi eleito presidente do Moreirense pela primeira vez há 25 anos



Vítor Magalhães foi eleito presidente do Moreirense pela primeira vez há 25 anos. Teve uma passagem curta pelo Vitória, de quem sempre também se disse adepto e do qual é sócio há décadas, mas é enquanto presidente do Moreirense que mais tem destacado as suas competências de gestão, sendo hoje um dos mais relevantes dirigentes do futebol português, apesar da sua discrição, que faz com que raramente conceda entrevistas.

A sua entrada para os quadros directivos do Moreirense aconteceu muito lá atrás, convidado pela família Almeida a exercer funções, nomeadamente, no departamento de futebol, mas foi em Maio de 1996 que aceitou suceder ao primo Manuel, com quem, curiosamente, mais tarde havia de disputar a eleição para a presidência do Vitória. Seria eleito no dia 12 desse mês, completando-se esta quarta-feira 25 anos.

Conhecido pelo rigor que empresta a tudo o que faz e lidera, Vítor Magalhães não tardou em dar um novo impulso ao Moreirense do ponto de vista desportivo, mas também infraestrutural. Entrou com o clube na antiga 2ª Divisão B e levou-o, pela primeira vez, ao principal escalão. Pelo caminho conquistou, juntamente com o treinador Manuel Machado, dois títulos nacionais: o da 2ª Divisão B e o da 2ª Liga.

Este percurso vitorioso não passou despercebido e em 2004, com o Vitória a despedir-se do longo ‘reinado’ de Pimenta Machado, Vítor Magalhães chamou a atenção com várias declarações públicas em que se mostrava preocupado com o rumo de um clube do qual era sócio e adepto há muitos anos. Daí a ser convidado a candidatar-se foi um passo. Uma grande onda de apoio levou-o a um resultado esmagador nas urnas, onde teve como concorrente o primo Manuel Almeida, também ele ex-presidente do Moreirense.

O primeiro ano no Vitória foi prometedor. Trouxe consigo, de Moreira de Cónegos, o ‘aliado’ de sucesso, Manuel Machado, e alcançou o apuramento para a Liga Europa. Na época seguinte escolheu Jaime Pacheco mas tudo correu muito mal. Cerca de 50 anos depois, o Vitória desceu às profundezas da 2ª Liga. Ainda obteve um voto de confiança em Assembleia Geral para preparar a temporada seguinte, mas havia de sair em Março de 2007, sendo substituído por Emílio Macedo da Silva.

Durante pouco mais de um ano fez um género de pausa sabática, até que em Junho de 2008 acabaria seduzido pelo regresso ao ‘seu’ Moreira, que entretanto tinha voltado à 2ª Divisão B. Sucedeu a Ernesto Fernandes e de lá para cá a história é conhecida. Tornou o Moreirense uma referência incontornável do principal escalão do futebol nacional, capaz de alcançar com relativa facilidade a manutenção, época após época, ganhou uma Taça da Liga, dinamizou fortemente a formação, tornou o clube financeiramente autossustentável - deixando de depender, nomeadamente, de investimentos do seu próprio presidente - e tem em curso uma obra de grande relevo, a Vila Desportiva, onde já foram investidos mais de cinco milhões de euros. É incontestável: Vítor Magalhães tornou-se uma das grandes referências do dirigismo desportivo português nos últimos 25 anos.


Marcações: Moreira de Cónegos, Moreirense Futebol Clube, Vítor Magalhães

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