Vitória questiona Liga e Federação sobre condições para regresso do público aos estádios após a polémica final da Liga dos Campeões



O Vitória questionou, de forma oficial, e com carácter de urgência, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, a Federação Portuguesa de Futebol e a Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto sobre as normas de acesso do público aos estádios na temporada 2021/2022.

Num comunicado divulgado esta segunda-feira, o clube revela que “extrai da operação em torno da final da UEFA Champions League, disputada no Porto, duas leituras muito objetivas, que por sua vez motivam esclarecimentos que se tornam urgentes e que o Clube já solicitou às entidades responsáveis”. Argumenta o Vitória que as imagens que passaram nas televisões nos últimas dias são “insultuosas para os portugueses em geral e para os adeptos do futebol e do desporto em particular”, uma vez que lhes tem sido “exigido, há mais de um ano, um sacrifício coletivo, que tem merecido de todo o País, salvo pontuais exceções, um cumprimento hercúleo e uma compreensão extrema”. “Nenhum português, e em especial nenhum adepto do futebol e do desporto, pode evitar um sentimento de profundo embaraço perante uma organização tão incapaz, que envergonha Portugal, mas que acima de tudo resulta numa inevitável quebra de confiança entre os cidadãos e as instituições”, pode ler-se no comunicado, em que o Vitória acrescenta, por outro lado, que “a partir do momento em que um dos mais importantes recintos desportivos nacionais regista, com inegável sucesso, uma taxa de ocupação tão relevante, deixou de ser admissível a ausência de público de qualquer espectáculo ou evento desportivo realizado em Portugal”.

Por isso, nas questões que enviou às três entidades, o Vitória pretende saber “que percentagens de ocupação serão permitidas em 2021/22, tanto nos estádios de futebol e demais eventos ao ar livre como nos pavilhões e outros recintos”; “quais as condições de acesso e de permanência nos recintos e as obrigações que os Clubes devem observar enquanto organizadores de espectáculos desportivos”; o que será permitido no âmbito das operações de dia de jogo, nomeadamente no exterior do estádio (fan zone) e também nas suas áreas interiores, como bares ou outros serviços” e ainda “que percentagem de ocupação está prevista para as zonas corporate, salvaguardando compromissos comerciais já estabelecidos”.

A Direcção de Miguel Pinto Lisboa entende que “a resposta a estas perguntas é fundamental para que o Vitória Sport Clube programe a sua campanha de lugares anuais e possa também gerir as relações com sócios, parceiros, sponsors e demais entidades”, pelo que considera que “estes esclarecimentos são prementes e qualquer atraso quanto aos mesmos terá um impacto muito negativo na gestão dos Clubes e das Sociedades Desportivas”.

Perante o facto de que “é inegável que a pandemia teve reflexos no associativismo em Portugal”, o Vitória “exige respostas céleres para apresentar aos seus sócios medidas concretas com vista à participação destes nos momentos desportivos do Clube”.

No mesmo comunicado, a Direcção dá conta que “já exprimiu junto das entidades acima referidas que a implementação do chamado Cartão do Adepto deve, por força das circunstâncias, merecer um amplo debate, não se compreendendo a sua aplicação aquando do regresso do público aos recintos desportivos”.


Marcações: Vitória Sport Clube, Estádio D. Afonso Henriques, Federação Portuguesa de Futebol, Liga Portuguesa Futebol Profissional

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