Miguel Pinto Lisboa: "Revogação do Cartão do Adepto só peca por tardia"


O presidente do Vitória, Miguel Pinto Lisboa, disse esta quarta-feira que a revogação do Cartão do Adepto, aprovada em sessão plenária na Assembleia da República, só “peca por tardia”. “Como a generalidade dos clubes e dos adeptos, entendemos que esta medida apenas peca por tardia. Sempre defendemos que os estádios de futebol podem e devem ser frequentados por todas as faixas etárias e por famílias, como qualquer outro desporto e qualquer outro espetáculo”, frisou, em declarações à Lusa.

Miguel Pinto Lisboa defende que os estádios são “espaços seguros” e que os “problemas de violência associados aos fenómenos desportivos” resultam “muitas vezes de outros fenómenos sociais”. O presidente do do Vitória sublinhou que há problemas com origem “fora dos estádios de futebol” que não devem ser combatidos através do Cartão do Adepto, como fenómenos apenas desportivos, mas como “problemas de segurança pública que têm de ser resolvidos pelo Governo" e frisou que a votação dos deputados na Assembleia da República dá “mais responsabilidade” aos clubes, aos adeptos e a outras entidades para que “tudo corra pelo melhor dentro dos espaços desportivos”.

O cartão do adepto, disse ainda Miguel Pinto Lisboa, prejudicou a retoma do público aos estádios na época 2021/22, depois das restrições de lotação impostas pela pandemia de Covid-19, e impôs mais custos aos clubes numa fase de perda de receitas.

“Só tivemos um sócio que tirou o Cartão do Adepto, porque queria ir para o lugar habitual, na bancada sul inferior”, referiu o presidente, a propósito da zona com condições especiais de acesso e permanência no Estádio D. Afonso Henriques.

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